Família de Juliana Marins afirma que buscará justiça Segundo os familiares, a brasileira "sofreu uma grande negligência por parte da equipe de resgate" e estaria viva se tivesse sido resgatada em até sete horas

Publicação: 26/06/2025 03:00

Corpo da publicitária foi resgatado ontem. Itamaraty não pagará pelo traslado ao Brasil (INDONESIA%u2019S NATIONAL SEARCH AND RESCUE AGENCY / AFP)
Corpo da publicitária foi resgatado ontem. Itamaraty não pagará pelo traslado ao Brasil


A família de Juliana Marins, 26 anos, disse, ontem, que vai buscar justiça após a morte da jovem. O corpo de Juliana foi encontrado na última terça-feira, ela ficou quatro dias presa na encosta de um vulcão na Indonésia. “Juliana sofreu uma grande negligência por parte da equipe de resgate. Se a equipe tivesse chegado até ela dentro do prazo estimado de 7 horas, Juliana ainda estaria viva. Juliana merecia muito mais”, afirmou a família, no Instagram.

O corpo de Juliana Marins foi içado e resgatado do Monte Rinjani ontem. Segundo a Agência Nacional de Busca e Resgate local, o corpo da brasileira foi encaminhado ao Hospital da Polícia Nacional da Indonésia. Natural de Niterói, no Rio de Janeiro, Juliana era publicitária e estava viajando pela Ásia desde fevereiro. O monte Rinjani, onde Juliana fazia a trilha, tem 3.726 metros de altura e é o segundo maior vulcão da Indonésia.

Em nota enviada ao Correio, o Itamaraty informou que, em caso de falecimento de cidadão brasileiro no exterior, as Embaixadas e Consulados brasileiros podem prestar orientações gerais aos familiares, apoiar os contatos com o governo local e cuidar da expedição de documentos, como o atestado consular de óbito. No entanto, o Itamaraty destacou que o traslado dos restos mortais de brasileiros falecidos no exterior não pode ser custodiado com recursos públicos.

Porém, o ex-jogador e comentarista Alexandre Pato contatou a família da brasileira para oferecer sua ajuda. Ele se dispôs a pagar os custos do processo de repatriação do corpo para o Brasil. (Correio Braziliense)