Guerra deixa 14 mortos em Israel e 128 no Irã
Conflito no Oriente Médio encerrou terceiro dia, no domingo (15), com mais uma série de bombardeios entre os dois países, deixando mortos e feridos nos dois lados
Publicação: 16/06/2025 03:00
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Ataques aéreos, sirenes e acionamento de sistemas antimísseis marcaram o dia na região |
O conflito entre Israel e Irã encerrou o terceiro dia neste domingo (15) com mais uma sequência de intensos ataques aéreos cruzados. O número de mortos no conflito no Oriente Médio subiu e chegou a 128 no Irã, e 14 em Israel.
Durante o fim de semana, Israel mirou instalações militares e depósitos de combustível em território iraniano, incluindo “dezenas” de ataques contra infraestruturas que abrigam mísseis no oeste do Irã.
O Exército também anunciou a destruição de um avião iraniano de reabastecimento no aeroporto de Mashhad, bem como alvos em Teerã, como a sede do Ministério da Defesa e a chamada Organização de Inovação e Pesquisa em Defesa, considerada o coração do projeto iraniano para construir armas nucleares.
Paralelamente, o Irã lançou uma nova série de mísseis contra Israel, que atingiram vários pontos do país, segundo o Exército israelense.
Em Teerã, a televisão estatal anunciou a morte de ao menos cinco pessoas em um edifício residencial. O Ministério das Relações Exteriores acusou Israel de ter atacado “deliberadamente” um de seus edifícios, deixando vários feridos. Ainda na madrugada de domingo, as sirenes voltaram a soar em várias cidades de Israel. Em Bat Yam, ao sul de Tel Aviv, vários edifícios residenciais foram destruídos pelos ataques iranianos.
Grande parte dos mísseis e drones iranianos foi interceptada pelo sistema de defesa Domo de Ferro, segundo o Exército israelense.
Apelos pela paz
A comunidade internacional busca mediar o conflito entre Israel e Irã. Houve declarações dos governos dos Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia, por exemplo. Também há relatos de “grande esforço de mediação” por parte de Estados árabes do Golfo.
O presidente norte-americano, Donald Trump, declarou a jornalistas, antes de embarcar para o G7, que Israel e Irã devem chegar a um acordo. “Acho que é hora de chegar a um acordo”.
O presidente da França, Emmanuel Macron, por sua vez, reiterou seu apelo por uma “desescalada” no conflito e pediu para que as negociações sejam retomadas, durante discurso em Nuuk, capital da Groenlândia, O presidente francês também disse que a questão será abordada em reunião do G7 esta semana, no Canadá.
O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, reiterou a prioridade de “diplomacia e diálogo, visando uma desescalada o mais rápido possível”, durante uma conversa com o presidente do Emirados Árabes Unidos, Mohammed bin Zayed Al Nahyan. É o que diz nota do governo do Reino Unido.
No sábado (14), o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, reafirmou a disposição de Moscou em ajudar a resolver questões sobre o programa nuclear iraniano. Na ocasião, ele reforçou que o governo russo quer auxiliar na desescalada das tensões (Com AFP e Estadão Conteúdo)