Israel ataca o Irã e mata chefe da Guarda
Bombardeiro acontece após oito meses de negociação entre os dois países que são rivais históricos, aumentando a tensão no Oriente Médio
Publicação: 13/06/2025 03:00
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Após meses de ameaças, Israel elevou a tensão no Oriente Médio e realizou bombardeios contra o Irã ontem. A operação militar aconteceu oito meses depois de os dois países, que são rivais históricos, se atacarem mutuamente.
Em comunicado, as Forças de Defesa de Israel (FDI) confirmaram o ataque, classificado-o inicialmente como “preventivo”. Os alvos, segundo militares israelenses, teriam sido instalações “nucleares em diferentes áreas do Irã”. A mídia estatal iraniana, contudo, confirmou apenas explosões na capital Teerã.
No texto, as FDI sinalizaram que o ataque pode ser apenas o início de uma campanha contra o Irã.“Em pouco tempo, dezenas de jatos concluíram a primeira etapa (do ataque), que incluiu ataques a dezenas de alvos militares, incluindo alvos nucleares em diferentes áreas do Irã”, informa trecho do comunicado.
A mídia estatal do Irã divulgou que o comandante-chefe da Guarda Revolucionária (IRGC) do país, Hossein Salami; o comandante sênior do IRGC, Gholamali Rashid; e os cientistas nucleares Fereydoun Abbasi e Mohammad-Mehdi Tehranchi morreram nos ataques aéreos israelenses. As informações são da agência de notícias oficial iraniana (IRNA na sigla em inglês).
Há meses, o governo de Benjamin Netanyahu subiu o tom contra o regime do aiatolá Ali Khamenei, com ameaças que miravam principalmente o programa nuclear iraniano – considerado um perigo existencial para Israel. Uma operação militar israelense visando pontos do país chegou a ser abortada em abril, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se mostrar contrário à medida.
O ataque de ontem surgiu dias antes de EUA e Irã anunciarem uma nova rodada de negociações nucleares, previstas para o próximo domingo, em Omã. Com quase nenhum avanço, uma possível ação militar visando o programa nuclear iraniano já havia sido ventilada, caso Teerã não aceitasse o acordo.
EMERGÊNCIA
Depois do ataque, Israel decretou estado de emergência no país e fechou o espaço aéreo. Isso, porque há alguns dias o Irã se mostrou pronto para retaliar qualquer ataque contra seu território – o que incluiria não só alvos israelenses, como também bases norte-americanas espalhadas pelo Oriente Médio. (Metrópoles)