Enviado de Trump vai inspecionar Gaza
Steve Witkoff irá avaliar a distribuição de ajuda humanitária e garantir um plano para entrega de alimento aos moradores do território
Publicação: 01/08/2025 03:00
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Guerra no local foi desencadeada por ataque realizado pelo Hamas em Israel em 2023 |
O enviado especial dos Estados Unidos para o Oriente Médio, Steve Witkoff, irá a Gaza hoje para inspecionar a distribuição de ajuda e se reunir com moradores deste território devastado pela guerra e ameaçado pela fome. Esta será a segunda visita de Witkoff a Gaza anunciada publicamente. Ele já tinha ido à região em janeiro, quando vigorava um cessar-fogo entre Israel e o movimento islamista palestino Hamas, antes da retomada da ofensiva israelense, em 18 de março.
A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, informou ontem que Witkoff e o embaixador israelense, Mike Huckabee, irão a Gaza para inspecionar os locais atuais de distribuição de ajuda e garantir um plano para entregar alimentos aos moradores do território. O enviado especial dos Estados Unidos para o Oriente Médio se reuniu, ontem, com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em um momento em que seu aliado está sob pressão crescente, com vários países prometendo reconhecer o Estado palestino.
“A maneira mais rápida de pôr fim à crise humanitária em Gaza é que o Hamas SE RENDA E LIBERTE OS REFÉNS!!!”, escreveu Trump pela manhã.
O Ministério da Saúde da Palestina, controlado pelo Hamas, informou ontem que 111 palestinos morreram nas últimas 24 horas após ataques de Israel contra a região. Grande parte deles, 91, buscavam ajuda humanitária quando foram mortos. Ainda ontem, várias dezenas de corpos de pessoas baleadas, assassinadas na véspera em volta de caminhões transportando ajuda, segundo os familiares das vítimas, estavam empilhados no necrotério do hospital Al Shifa, no norte de Gaza, constatou um correspondente da AFP.
No comunicado, o ministério informou que, no total, 820 palestinos ficaram feridos após ataques israelenses. “Ainda há vítimas sob os escombros e nas ruas, e as equipes de resgate e defesa civil não conseguem alcançá-las até o momento”, afirmou em um comunicado.
A guerra foi desencadeada por um ataque sem precedentes realizado pelo Hamas em Israel em 7 de outubro de 2023, que causou a morte de 1.219 pessoas do lado israelense, em sua maioria civis, segundo um balanço com base em dados oficiais. As represálias de Israel deixaram ao menos 60.249 mortos em Gaza, em sua maioria civis. (AFP e Metrópoles)