Assunto indesejável

Malude Maciel
Presidente da ACACCIL

Publicação: 17/11/2017 03:00

Nas conversas com os amigos e bate-papos informais não é de bom alvitre que o tema seja a “morte” porque há um medo enorme da aproximação do término dos nossos dias nessa vida, embora seja público e notório que estamos aqui de passagem. Não constitui um presságio bom nem agradável, pois se pensa que viveremos nesse mundo para sempre.
Argumenta-se que o Ser Humano não foi feito para morrer e a morte resultou de castigo por desobediência ao Criador. Assim, até hoje, ninguém se acostumou com esse inesperado fim, mas sabe-se que não há alternativa e chegará o dia inevitável. Existe um adágio popular que diz: “A única certeza que se tem na vida é a morte”.
Poucas pessoas encaram a realidade da morte naturalmente havendo uma incógnita a seu respeito. Não se sabe a data, nem o modo, nem mesmo o horário de tal acontecimento, embora seja o destino de cada um. Impressionante e assustador.
Pressupondo que todas as famílias já perderam entes queridos na trajetória da vida em comum, não é conveniente recordar momentos difíceis e dolorosos. No entanto, não há escapatória porque nossos dias estão contados, embora não saibamos. O dia de amanhã não está prometido a ninguém; ele poderá nem chegar a acontecer.
Diariamente tomamos conhecimento da partida de amigos, conhecidos e figuras da mídia que temos admiração. Olhando no espelho convencemo-nos de que o tempo não para; ele é implacável com tudo e com todos. Velhice e doenças também dão sinal de que algo não vai bem e vêm logo pensamentos mórbidos. Ainda pior é a perda de jovens por acidentes automobilísticos, com toda saúde e mocidade, sendo arrasador (hoje em dia são tantos assassinatos, balas perdidas, violência diária, etc. que sentimo-nos impotentes demais).
Após o falecimento de alguém bem próximo e estimado, passa-se por um choque tremendo havendo o período de luto que traz tristeza profunda, consternação e dor; podendo ser externado por muitas lágrimas, sendo o choro uma constante junto com as lembranças; prefere-se o retraimento e o uso de trajes pretos ou de cores neutras. Atualmente há liberalidade nesse pormenor, mas anteriormente os familiares usavam um luto fechado, somente roupas pretas, principalmente se fosse morte do patriarca.
O luto traz muitas consequências psicológicas que devem ser administradas e tratadas para não se transformarem em depressão ou doenças psicossomáticas.
Para os que ficam a vida continua, porém jamais será como antes... A falta, recordações e, sobretudo as saudades estarão presentes enquanto a boa memória funcionar.
Apesar de imensuráveis angústia e sofrimento, a morte, para quem tem fé, é tão somente a passagem da vida terrena para a vida eterna. Para os cristãos a alma nunca morre, mas recebe de Deus a salvação ou condenação eternamente. Por isso é assunto de suma importância, pois é preciso preparação nesse sentido.
Muitos vivem completamente desligados e não procuram buscar os ensinamentos bíblicos para sua redenção. Urge conscientizar-se ouvindo a Palavra de Deus a fim de ter arrependimento dos pecados cometidos, perdão divino e ser nova criatura na esperança da salvação eterna. Afinal, tudo passa. A vida é breve. É um sopro.