Primeira infância: de olho no futuro da capital do Nordeste

Jorge Vieira
Secretário de Planejamento, Administração e Gestão de Pessoas do Recife

Publicação: 22/11/2017 03:00

O Recife vem construindo nos últimos anos um caminho irreversível rumo a uma cidade melhor e com mais qualidade de vida. Desde 2013, nossa cidade vem se consolidando como referência regional e nacional em políticas públicas para a primeira infância. Na trilha do Programa Mãe Coruja, lançado em nível estadual ainda no governo Eduardo Campos e implantado também no Recife, a gestão municipal iniciou uma série de ações, integrando várias secretarias e órgãos do município, como a implantação do novo padrão de qualidade das creches-escolas municipais; o Programa de Letramento do Recife, que visa alfabetizar os estudantes aos 6 anos de idade; os jogos de raciocínio lógico e o Programa Robótica na Escola, só para citar alguns exemplos da área de educação.
Nos últimos meses esse trabalho tem se intensificado em direção à construção do Marco Legal da Primeira Infância do Recife, com o objetivo de estabelecer diretrizes para a formulação e implementação de políticas públicas que garantam o desenvolvimento integral dos recifenses de 0 a 6 anos de idade. Tomando como ponto de partida as ações que a gestão municipal já desenvolve para as crianças, um profundo debate envolvendo os diversos setores da Prefeitura do Recife, com o assessoramento técnico da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, com o apoio da Fundação Bernard Van Leer, está em andamento para a construção de um documento que defina o norte de todas as políticas públicas para o setor. A premissa é que uma cidade que seja amigável para a criança também será, consequentemente, amigável para toda a população.
Um robusto arcabouço científico comprova que o investimento na primeira infância é de extrema importância para toda a vida da pessoa. A neurociência tem sólidas evidências de que, nessa fase, parte importante da arquitetura do cérebro começa a se formar. Aos quatro anos de idade, a criança já desenvolveu, por exemplo, mais da metade do potencial mental. Essas evidências científicas confirmam: o investimento público voltado para os cidadãos entre 0 e 6 anos de idade é o que tem a maior taxa de retorno a longo prazo.
Pelas características do desenvolvimento das crianças, cada centavo aplicado na qualidade de vida durante essa fase tem um retorno imensamente maior. A legislação que está sendo elaborada pela prefeitura tornará definitiva a priorização da primeira infância não só por esta gestão municipal, mas por todas as que vierem, independentemente de partido político. O prefeito Geraldo Julio está focado no incremento de ações para cuidar do desenvolvimento físico, emocional e social das crianças nessa faixa etária, por entender que uma base sólida proporciona um desenvolvimento mais eficaz para a formação dos futuros cidadãos da capital do Nordeste.