Publicação: 06/12/2017 03:00
O aborto é uma questão de saúde pública das mais urgentes. E, por mais delicado que possa parecer o debate, precisa entrar na rotina familiar de modo a ser desmistificado e tratado como um problema mais próximo. Longe de ser mito, 45% dos brasileiros afirmam conhecer uma mulher que interrompeu uma gravidez. O percentual representa 72 milhões de brasileiros que tiveram contato com o drama de alguém conhecido. Supõe-se que quase sempre é uma decisão sofrida, pelo sim ou pelo não, por influência de questões culturais ou religiosas.
A interrupção da gravidez é, para o brasileiro, algo contraditório. A maioria das pessoas se diz contrária à interrupção, quando se fala de maneira generalista, mas muitos mudam de opinião quando usados exemplos concretos. O Instituto Patrícia Galvão, sediado em São Paulo e especialista em estudos sobre o universo feminino, acaba de divulgar uma pesquisa intitulada “Percepções sobre o aborto no Brasil”, que atesta essas informações. Realizada em 12 regiões metropolitanas do país, ela traz resultados surpreendentes: 62% das pessoas ouvidas na amostra dizem que são contra o aborto; 26% se declaram a favor, 10% nem contra nem a favor e 2% não souberam ou não quiseram responder às perguntas. Somam-se outros dados.
É curioso que, mesmo incluindo os que desaprovam, um total de 81% dos entrevistados se diz favorável à interrupção de pelo menos um dos casos especiais a seguir: o de gravidez como resultado de um estupro, de um feto diagnosticado com doença grave e incurável, em caso de risco de vida da mulher, falta de condições da família criar a criança, de gravidez envolvendo mãe com idade inferior a 14 anos ou gravidez não planejada. A condição de gravidez por estupro lidera a lista de aprovação, com 59% dos entrevistado apoiando com um “totalmente a favor”.
O mesmo ocorre quando se trata da criminalização das mulheres que praticaram ou desejam fazer um aborto. Quando a mulher é parente ou amiga, a rigidez do brasileiro fica menor. É para se pensar sobre as exceções e sobre este que é um tabu mantido em ambientes coletivos.
A interrupção da gravidez é, para o brasileiro, algo contraditório. A maioria das pessoas se diz contrária à interrupção, quando se fala de maneira generalista, mas muitos mudam de opinião quando usados exemplos concretos. O Instituto Patrícia Galvão, sediado em São Paulo e especialista em estudos sobre o universo feminino, acaba de divulgar uma pesquisa intitulada “Percepções sobre o aborto no Brasil”, que atesta essas informações. Realizada em 12 regiões metropolitanas do país, ela traz resultados surpreendentes: 62% das pessoas ouvidas na amostra dizem que são contra o aborto; 26% se declaram a favor, 10% nem contra nem a favor e 2% não souberam ou não quiseram responder às perguntas. Somam-se outros dados.
É curioso que, mesmo incluindo os que desaprovam, um total de 81% dos entrevistados se diz favorável à interrupção de pelo menos um dos casos especiais a seguir: o de gravidez como resultado de um estupro, de um feto diagnosticado com doença grave e incurável, em caso de risco de vida da mulher, falta de condições da família criar a criança, de gravidez envolvendo mãe com idade inferior a 14 anos ou gravidez não planejada. A condição de gravidez por estupro lidera a lista de aprovação, com 59% dos entrevistado apoiando com um “totalmente a favor”.
O mesmo ocorre quando se trata da criminalização das mulheres que praticaram ou desejam fazer um aborto. Quando a mulher é parente ou amiga, a rigidez do brasileiro fica menor. É para se pensar sobre as exceções e sobre este que é um tabu mantido em ambientes coletivos.