Marisa Gibson
marisagibson.pe@dabr.com.br
Publicação: 01/05/2014 03:00
Batismo paulista
Convidado para participar de um ato comemorativo ao 1º de Maio, em São Paulo, no ano passado, Eduardo Campos (PSB), ainda governador, ensaiou que iria à solenidade mas terminou desistindo. Ficou em Pernambuco para %u201Cevitar constrangimentos%u201D. Estava no auge da fase do estremecimento com o ex-presidente Lula e seria uma provocação pública aos petistas. Agora, candidato do PSB à Presidência da República, e residindo em São Paulo, o ex-governador Eduardo Campos estará lá, hoje, na terra dos tucanos e dos petistas, para mostrar ao país que está entre os grandes e bebendo da mesma fonte política-eleitoral. Será o seu batismo em eventos de rua em São Paulo. É por esse tipo de ousadia, que muitos apostam que Eduardo chegará ao segundo turno, embora ainda lhe falte um bom tempo de televisão, o que a sua ainda minúscula aliança %u2013 PSB, PPS e PPL %u2013 não pode garantir. Porém mesmo com os escassos minutos que terá para dar o seu recado, Eduardo pode surpreender e chegar ao segundo turno. Essa é uma interpretação que vem de setores paulistas %u2013 empresários e políticos %u2013 e devidamente realimentada por setores socialistas, os quais conhecem de perto a %u201Cguerra santa%u201D entre PT e PSDB, que se arrasta há décadas e ninguém mais quer reeditar essa disputa. E, chegando ao segundo turno contra Dilma, argumenta-se, a eleição estará ganha para Eduardo, que terá o apoio dos tucanos. Admitindo que Aécio e Eduardo passem para o segundo turno, deixando Dilma para trás, hipótese que começa a ganhar corpo, a análise é a de que o ex-governador pernambucano também terá chances de ganhar a eleição. Nesse cenário, Eduardo poderia até mesmo ganhar votos de muitos petistas, que não suportariam entregar o ouro ao PSDB.
Na ofensiva
Como acontece em todas as datas importantes em que usa rede nacional para falar aos %u201Cbrasileiros e brasileiras%u201D, Dilma Rousseff não desperdiçou este 1º de Maio. Em seu pronunciamento sobre o Dia do Trabalho, a presidente fez um discurso ofensivo, aproveitando a última oportunidade na televisão, antes da propaganda eleitoral gratuita que começa em agosto. Disse tudo o que fez além de alertar a população, como já vem fazendo, sobre o risco de trocar o comando do país.
Superlotação
A desistência do deputado estadual Maviael Cavalcanti (DEM) de concorrer à reeleição é a outra ponta do mesmo problema que aflige a vereadora Marília Arraes (PSB), cuja candidatura a deputado federal vem sendo colocada à prova.
Reforço
Depois da ofensiva no Agreste, a chapa majoritária da Frente Popular %u2013 Paulo Câmara, Raul Henry e Fernando Bezerra Coelho %u2013 investirá pesado na Região Metropolitana do Recife, com reuniões com prefeitos, vereadores, líderes comunitários, clubes de mães. Enfim, onde houver possibilidades de votos, os três estarão lá. Nesse reforço, a figura do prefeito do Recife, Geraldo Julio, terá um destaque.
Critério político
O Centro de Estudos do Nordeste (Cenor) encaminhou carta à presidente Dilma repudiando a escolha do novo superintendente da Sudene, com base em interesses políticos. O vereador Zé Márcio, de Maceió, foi nomeado para o cargo, segundo consta, por indicação do deputado federal Givaldo Carimbão (Pros/AL). O protesto pode atés ser legítimo mas, depois de Celso Furtado, todos os superintendentes da Sudene foram nomeados com base em interesses políticos.
Noronha
O deputado estadual Betinho Gomes (PSDB) deve encontrar-se com o governador João Lyra Neto (PSB) para transmitir um apelo da população e dos conselheiros distritais de Fernando de Noronha a respeito do novo administrador. Desde a saída de Romeu Baptista, Noronha está sem comando oficial.
Convidado para participar de um ato comemorativo ao 1º de Maio, em São Paulo, no ano passado, Eduardo Campos (PSB), ainda governador, ensaiou que iria à solenidade mas terminou desistindo. Ficou em Pernambuco para %u201Cevitar constrangimentos%u201D. Estava no auge da fase do estremecimento com o ex-presidente Lula e seria uma provocação pública aos petistas. Agora, candidato do PSB à Presidência da República, e residindo em São Paulo, o ex-governador Eduardo Campos estará lá, hoje, na terra dos tucanos e dos petistas, para mostrar ao país que está entre os grandes e bebendo da mesma fonte política-eleitoral. Será o seu batismo em eventos de rua em São Paulo. É por esse tipo de ousadia, que muitos apostam que Eduardo chegará ao segundo turno, embora ainda lhe falte um bom tempo de televisão, o que a sua ainda minúscula aliança %u2013 PSB, PPS e PPL %u2013 não pode garantir. Porém mesmo com os escassos minutos que terá para dar o seu recado, Eduardo pode surpreender e chegar ao segundo turno. Essa é uma interpretação que vem de setores paulistas %u2013 empresários e políticos %u2013 e devidamente realimentada por setores socialistas, os quais conhecem de perto a %u201Cguerra santa%u201D entre PT e PSDB, que se arrasta há décadas e ninguém mais quer reeditar essa disputa. E, chegando ao segundo turno contra Dilma, argumenta-se, a eleição estará ganha para Eduardo, que terá o apoio dos tucanos. Admitindo que Aécio e Eduardo passem para o segundo turno, deixando Dilma para trás, hipótese que começa a ganhar corpo, a análise é a de que o ex-governador pernambucano também terá chances de ganhar a eleição. Nesse cenário, Eduardo poderia até mesmo ganhar votos de muitos petistas, que não suportariam entregar o ouro ao PSDB.
Na ofensiva
Como acontece em todas as datas importantes em que usa rede nacional para falar aos %u201Cbrasileiros e brasileiras%u201D, Dilma Rousseff não desperdiçou este 1º de Maio. Em seu pronunciamento sobre o Dia do Trabalho, a presidente fez um discurso ofensivo, aproveitando a última oportunidade na televisão, antes da propaganda eleitoral gratuita que começa em agosto. Disse tudo o que fez além de alertar a população, como já vem fazendo, sobre o risco de trocar o comando do país.
Superlotação
A desistência do deputado estadual Maviael Cavalcanti (DEM) de concorrer à reeleição é a outra ponta do mesmo problema que aflige a vereadora Marília Arraes (PSB), cuja candidatura a deputado federal vem sendo colocada à prova.
Reforço
Depois da ofensiva no Agreste, a chapa majoritária da Frente Popular %u2013 Paulo Câmara, Raul Henry e Fernando Bezerra Coelho %u2013 investirá pesado na Região Metropolitana do Recife, com reuniões com prefeitos, vereadores, líderes comunitários, clubes de mães. Enfim, onde houver possibilidades de votos, os três estarão lá. Nesse reforço, a figura do prefeito do Recife, Geraldo Julio, terá um destaque.
Critério político
O Centro de Estudos do Nordeste (Cenor) encaminhou carta à presidente Dilma repudiando a escolha do novo superintendente da Sudene, com base em interesses políticos. O vereador Zé Márcio, de Maceió, foi nomeado para o cargo, segundo consta, por indicação do deputado federal Givaldo Carimbão (Pros/AL). O protesto pode atés ser legítimo mas, depois de Celso Furtado, todos os superintendentes da Sudene foram nomeados com base em interesses políticos.
Noronha
O deputado estadual Betinho Gomes (PSDB) deve encontrar-se com o governador João Lyra Neto (PSB) para transmitir um apelo da população e dos conselheiros distritais de Fernando de Noronha a respeito do novo administrador. Desde a saída de Romeu Baptista, Noronha está sem comando oficial.