Brasília DF

Denise Rothenburg
deniserothenburg.df@dabr.com.br

Publicação: 01/06/2014 03:00

Virada paulista

Com Henrique Meirelles fora do páreo para o Senado, Gilberto Kassab (PSD) se considerava praticamente certo como candidato a vice na chapa do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), uma vez que o PSD só teria direito a uma vaga na chapa. Ocorre que, agora, surgiu um novo interessado em concorrer ao Senado capaz de atrapalhar os planos de Kassab: Ricardo Young, do PPS, partido que já fechou com o governador. Hoje, Young conversará a respeito do assunto com a ex-senadora Marina Silva. Ela, há tempos, defende candidatura própria da Rede Sustentabilidade ao governo local. Ocorre que a Rede não existe oficialmente.

O governador ainda não disse sim nem não. Mas há, no PSDB paulista, quem diga que o nome de Young funcionaria como um tratamento rejuvenecedor na campanha tucana. Em tempo: a preferência do governador para vice em sua chapa continua sendo o PSB, do deputado Márcio França.

Se cochilar, perde...

A convenção do PMDB é, de longe, a que mais atrairá a atenção dos políticos. Isso porque, a cada dia, crescem as apostas de que os votos para fechar a aliança com Dilma Rousseff estão minguando, apesar das últimas conversas aprazíveis entre ela e os peemedebistas.

...Mas vai depender deles

As contas dos peemedebistas indicam que o partido precisa eleger apenas seis dos 12 a 13 candidatos a senador que deve lançar . Tudo para continuar mandando no pedaço. Daí, a decisão do partido no Rio de Janeiro de manter a candidatura de Sérgio Cabral.

Os motivos

A decisão do PR em seguir com o PT foi feita enquanto Valdemar Costa Neto estava dando as cartas no partido. Em São Paulo, há quem jure que o ex-deputado, preso no processo do mensalão, vislumbra alguma ajuda futura para aliviar a temporada dele na Papuda.

E o Joaquim, hein?

A turma de Eduardo Campos aposta que o quase ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa apoiará a candidatura dele e da ex-senadora Marina Silva. E os mineiros, como o ex-secretário de Cultura do Distrito Federal Silvestre Gorgulho, apostam que Aécio Neves é bem capaz de anunciar Joaquim como um potencial ministro da Justiça, caso seja eleito presidente.

Tensão em baixa

Ontem, o GDF e o governo federal consideravam que o protesto contra a Copa em Brasília dava sinais de que a população já absorveu o evento. Afinal, as mais de 20 mil que foram às ruas no ano passado hoje são, no máximo, 300 pessoas, segundo os próprios organizadores. E, desde que esses movimentos não atrapalhem o ir e vir de quem não quer participar dos protestos e não quebrem os monumentos, os manifestantes podem desfilar em paz.

Agora vai I

A indicação do consultor da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) Bruno Dantas para ministro do Tribunal de Contas da União será votada na quarta-feira pela Câmara. O senadores que o apoiaram respiram aliviados com a inclusão do nome na pauta da Casa. Afinal, se ficar para os dias de Copa, não tem reza forte que faça as excelências comparecerem em peso. Aliás, em dias de jogo do Brasil, a ideia é manter o Congresso fechado.

Agora vai II

A inclusão da indicação de Bruno Dantas na pauta deu a muitos a impressão de que os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), voltaram às boas.