Diario Político

Marisa Gibson
marisagibson.pe@dabr.com.br

Publicação: 01/06/2014 03:00

Definições

Começa o mês das definições quando todas as chapas deverão ser oficializadas pelas convenções partidárias.E, tirando as últimas pressões para se ganhar ainda o apoio deste ou daquele partido, a grande dúvida nacional é sobre o vice do pré-candidato a presidente da República, Aécio Neves (PSDB), enquanto no estado é o fechamento da chapa do senador Armando Monteiro Neto (PTB), também ainda sem vice. Em geral, essa vaga é um trunfo reservado para o final das negociações partidárias, quando os candidatos majoritários
ainda buscam ampliar suas alianças. Neste ano, ao contrário do que aconteceu em pleitos
anteriores, o ex-governador e presidenciável Eduardo Campos(PSB) foi o primeiro a confirmar sua chapa com a ex-ministra Marina Silva na vice, assim como em Pernambuco, seu estado, com Paulo Câmara (PSB) para o governo, Fernando Bezerra Coelho (PSB) na vaga do Senado, e Raul Henry (PMDB) na vice. Tais definições, no entanto, foram frutos de uma pressão incomum.
Em relação a Marina havia uma desconfiança de que a ex-ministra poderia encabeçar a chapa socialista e, no que diz respeito a Pernambuco, as divergências internas do PSB foram decisivas para o fechamento da chapa bem antes do mês de junho. Normalmente, os partidos costumam retardar a definição de seus candidatos para evitar um envelhecimento da
chapa, deixando sempre uma surpresa para as convenções. Do lado da presidente Dilma Rousseff (PT), que deverá continuar com Michel Temer (PMDB) como vice, a única e grande surpresa que poderia ocorrer até a convenção do PT seria a entrada de Lula na disputa, embora essa possibilidade já tenha sido exaustivamente descartada pelo ex-presidente. Mas, em política , como se sabe, tudo pode acontecer.

Linha cruzada

Há um clima de rebelião nos bastidores da convenção nacional do PMDB. De pouco adiantou o jantar da presidente Dilma Rousseff (foto) com os caciques peemedebistas. Já tem gente achando que a aliança nacional com o PT pode ser derrotada no voto pelos convencionais. A insatisfação é grande, nos estados e no Congresso Nacional com a postura dos petistas na montagem dos palanques regionais.

Provocação

Fernando Bezerra Coelho (PSB) vem pressionando o deputado federal João Paulo (PT), seu principal adversário na disputa por um mandato no Senado, para marcar um debate numa emissora de rádio. João Paulo teria marcado duas datas, mas decidiu que só participa de debates depois das convenções, o que para os socialistas significa fugir da raia.

Candidaturas

Mesmo com a certeza de que o candidato Paulo Câmara (PSB) pode ganhar no primeiro turno, há setores dentro da Frente Popular recomendando prudência. Ou seja: não hostilizar uma possível candidatura de Daniel Coelho (PSDB) a governador, que pode ser importante para garantir um segundo turno.

Pressão

Raul Jungmann (PPS) começa a ver resultado na pressão que vem exercendo sobre a Secretaria Municipal de Saúde para abertura das Unidades de Saúde da Família (USFs) às sextas-feiras. O vereador afirma que na fiscalização que fez, semana passada, encontrou uma redução significativa nas unidades fechadas.