Na cerimônia de posse, ontem, governador disse que deverá anunciar nomes de segundo escalão ainda hoje

Após o desembarque do DEM e do PSDB da gestão e da saída do secretário de Planejamento, Danilo Cabral (PSB), que reassume o mandato de deputado federal, o governador Paulo Câmara (PSB) deu posse, ontem, a três novos secretários estaduais. Foram empossados os secretários de Planejamento e Gestão, Márcio Steffani, da Fazenda, Marcelo Barros, e do Trabalho e Qualificação, Alexandre Valença. O governador declarou que as nomeações privilegiaram a capacidade técnica dos nomes e a disposição dos escolhidos para ocupar as novas funções. “Eles precisam estar motivados e conscientes de que nós temos uma forma de governar. Todos os três estão convictos de que essa forma de governar é adequada e estão determinados com essas tarefas”, disse, reiterando, ainda, que a sensibilidade “política” também foi determinante na alteração dos nomes no secretariado.

O governador declarou, ainda, que os nomes indicados para assumir a Junta Comercial de Pernambuco (Jucepe), o Porto do Recife e a Agência do Trabalho devem ser divulgados em breve, provavelmente hoje, em sintonia com os secretários a que esses órgãos estão diretamente ligados. “Pernambuco tem sofrido como outros estados brasileiros os efeitos das crises econômica e política, e os secretários têm a responsabilidade de dar continuidade ao trabalho dos seus antecessores, continuar agregando valor à nossa equipe”, disse Câmara.

O ex-secretário de Planejamento e agora deputado federal Danilo Cabral (PSB) fez um discurso emocionado de 14 minutos, lembrando de sua presença na gestão desde os tempos do ex-governador Eduardo Campos (PSB), morto em acidente aéreo em agosto de 2014. Danilo reiterou a posição de independência em relação ao governo interino do presidente Michel Temer (PMDB), dizendo que não será nem a favor, nem contra o governo, mas em favor do povo brasileiro. “Serei mais um soldado. Estarei lá para cerrar fileiras na combativa bancada do PSB em Pernambuco para desarmar muros e construir pontes”, disse.

O deputado, que assume a vaga no lugar do suplente Roberto Teixeira (PP), ainda citou o cenário de crise e a defesa dos direitos dos trabalhadores em referência a reformas como a da Previdência. “Precisamos transformar essas ameaças em reformas estruturantes que o Brasil precisa, mas que precisa respeitar o direito adquirido dos trabalhadores, sem retrocessos”. Na substituição de Danilo na Secretaria de Planejamento, o governo preferiu um quadro técnico: o agora ex-secretário da Fazenda Márcio Steffani.