"Pebliscito está em discussão"

Publicação: 28/06/2016 03:00

Presidente afastada afirma que precisa recompor base (ROBERTO STUCKERT FILHO/PR)
Presidente afastada afirma que precisa recompor base
A presidente afastada, Dilma Rousseff, afirmou que pretende fazer um “governo de transição” caso não seja condenada no processo de impeachment no Senado Federal. Em entrevista ao portal Agência Pública, publicada ontem, Dilma disse que teria um governo de dois anos, até 2018, para garantir a “qualidade da democracia no Brasil”. Questionada sobre sua promessa de chamar um plebiscito para a convocação imediata de novas eleições presidenciais, Dilma desconversou. “Não, não. Está em discussão isso. Não há um consenso. É uma das coisas, uma das propostas colocadas na mesa.”

Dilma afirmou que precisaria recompor seu apoio no Congresso e que tentaria combater o presidencialismo de coalizão. Sem citar o PMDB ou o presidente em exercício, Michel Temer, diretamente na resposta, a petista disse que mudaria suas alianças. “Não tem mais como recompor.”

A presidente afastada reforçou a tese de que sofre um “golpe parlamentar” e acrescentou não saber ainda se irá pessoalmente ao Senado para se defender no processo de impeachment. Dilma repetiu ainda que o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é o homem por trás da gestão Temer.

A presidente criticou o processo por qual passa o país, em que pautas de direita ganham força. Dilma acusou o PSDB, partido que contrapôs o PT nos últimos anos, de cometer um “gravíssimo equívoco político”. (Agência Estado)