ELEIçõES 2018 » PT e PSB em caminhos opostos

Aline Moura
aline.moura@diariodepernambuco.com.br

Publicação: 24/06/2017 03:00

Prestes a se reeleger como presidente estadual do PT, no próximo dia 28, Bruno Ribeiro descartou, nesta sexta-feira, a possibilidade de aliança com o PSB nas próximas eleições estaduais. Segundo ele, embora a legenda socialista defenda as eleições diretas, o partido ajudou a aprovar o impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT) e hoje se mostra dividido, com algumas lideranças demonstrando afinidade com o PSDB e outras com o governo Michel Temer (PMDB). Uma avaliação semelhante é feita pela deputada estadual Teresa Leitão (PT), vice-líder da oposição na Assembleia Legislativa. Ela resume em uma frase as hipóteses de reaproximação que passaram a ser levantadas por políticos de outros partidos. “O cargo que ocupo na Assembleia mostra qual é o nosso lugar e não dá margem a dúvidas”.

A eventualidade de o PSB se realinhar com o PT em 2018 começou a circular após o rompimento oficial do partido com Temer - uma decisão tomada pela executiva nacional socialista. No meio das eleições do ano passado, o ex-prefeito João Paulo deixou o caminho aberto para uma reaproximação com os socialistas. Na semana passada, o governador Paulo Câmara também deu uma entrevista sem descartar uma recomposição com os petistas no futuro. Ele afirmou que o PSB pretende seguir um caminho próprio, mas não rechaçou uma eventual aliança.

Segundo Bruno Ribeiro, contudo, elementos políticos distanciam as duas legendas, que foram aliadas tanto nas gestões dos ex-prefeitos João Paulo e João da Costa, como no governo de Eduardo Campos (PSB). Ele ressalta que a sigla continua participando do governo Temer, com Fernando Filho no cargo de ministro de Minas e Energia, e Fernando Bezerra como senador da base governista.

Por outro lado, Bruno Ribeiro não bateu o martelo sobre uma candidatura própria do PT. Não está na hora de discutir candidaturas. “Pernambuco está sentindo muito a ausência do PT no governo federal, porque conheceu um ciclo de mudanças que só foram possíveis por causa de Lula”, declarou, acrescentando que a legenda está realizando debates em várias regiões do estado para ouvir a sociedade e discutir propostas para o estado.