Depois de perder alguns parlamentares para outros partidos, o PSB vai filiar na próxima quarta-feira, em Brasília, o ex-ministro (dos governos Lula e Dilma)  Aldo Rebelo. Ele se desligou do PCdoB há pouco mais de um mês. Rabelo chega ao PSB no momento em que os socialistas tentam administrar conflitos internos e de preparação para a eleição de 2018. Em entrevista por telefone ao Diario, ele explicou que sua escolha pelo PSB se deve à forte ligação que “sempre teve” com os ex-governadores Miguel Arraes e Eduardo Campos, que presidiram nacionalmente o partido, e com os demais integrantes da legenda. “É o partido com o qual mais tenho identidade”, frisou Rebelo.

Para o ato de filiação, o ex-ministro disse ter convidado o governador Paulo Câmara, a ex-primeira-dama Renata Campos e demais integrantes do PSB local. Segundo ele, depois do ato em Brasília haverá a filiação oficial em São Paulo, onde Aldo Rebelo tem seu domicílio eleitoral. Naquele estado, inclusive, o vice-governador Márcio França (PSB) tenta viabilizar uma parceria com o PSDB para disputar o governo paulista. Em abril ele deverá assumir o cargo com o afastamento do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que pretende disputar a Presidência da República.

Questionado se sua ida para o PSB estava condicionada a um projeto majoritário em 2018, no caso a eleição presidencial, Aldo Rebelo optou por não comentar o assunto. “Estou chegando agora no partido. Não pedi nada nem me foi prometido nada. Decidir o futuro cabe ao partido”, assegurou. Em relação ao cenário político nacional, incluindo as denúncias contra o presidente Michel Temer, ele classificou de “tumultuado” para a política e os políticos. “O país não tem como funcionar assim. Acredito que a eleição do próximo ano seja um bom momento para mudanças”. (RR)