Diario político

Marisa Gibson

Publicação: 01/11/2017 03:00

Por uma reeleição

Decidido a manter-se no Palácio das Princesas depois de 2018,  o governador Paulo Câmara (PSB), candidato à reeleição, foi  ontem a Caruaru – palco de um grande evento da oposição em agosto deste ano – e, entre muitas atividades, ensaiou até um acordão político-fotográfico com as principais lideranças da terra.Tirou fotos com a prefeita Raquel Lyra (PSDB), com o ex-prefeito José Queiroz (PDT), com o deputado estadual Tony Gel (PMDB), com o ex-vice-prefeito Jorge Gomes (PSB) e outras lideranças. Todo mundo rindo, feliz. Só faltou o ex-governadorJoão Lyra Neto (PSDB), pai da prefeita, e que não disfarça as mágoas por ter o PSB negado legenda à sua filha para que ela concorresse à Prefeitura de Caruaru. Raquel filiou-se ao PSDB, ganhou a eleição e se transformou na musa política do Agreste, paparicada por muita gente. No evento da oposição em agosto, por exemplo, estavam lá o senador Fernando Bezerra Coelho, ainda no PSB, e que, junto com Fernando Filho, ministro de Minas e Energia, pregou um novo tempo para o estado.Na plateia, além da prefeita Raquel  e do seu pai, o senador Armando Monteiro Neto PTB, os ministros Mendonça Filho (DEM) e Bruno Araújo (PSDB).Agora, antes de Caruaru, Paulo Câmara, numa entrevista a uma emissora de televisão, deu satisfações a  um grupo que protestou, segunda-feira à noite, na Praia de Boa Viagem, contra a falta de medicamentos para o tratamento de um tipo de câncer. Em geral, essa explicação cabe ao secretário da Saúde. Mas nada como uma eleição.

Convicção  
A visita, ontem, do governador Paulo Câmara (PSB) a Caruaru, município governado pelo PSDB, foi uma agenda típica de ano pré-eleitoral, mas o deputado federal Daniel Coelho (PSDB) continua enfático no posicionamento do seu partido: “O PSDB não fará aliança com o PSB em 2018. Já temos um acordo com o DEM e PTB.”  

Terminal
Daniel Coelho só se refere a Michel Temer (PMDB) como “um presidente destituído, que não tem condições de aprovar nem requerimentos,” para os quais são exigidos 257 votos e que ele não conseguiu na votação na Câmara dos Deputados que rejeitou a segunda denúncia contra ele feita pela Procuradoria-Geral da República.

Surpresa   
Kaio Maniçoba (PMDB), secretário estadual de Habitação, surpreendeu na primeira reunião de monitoramento da qual participou na semana passada.Respondeu tudo para espanto de alguns auxiliares do governador que esperavam o contrário. Um secretário presente ao monitoramento diz que Paulo Câmara ficou muito satisfeito.

Fundo Especial    
 O deputado federal Luciano Bivar (PSL) está otimista quanto ao resultado da ação do partido no STF para suspender o Fundo Especial de Financiamento de Campanha aprovado pelo Congresso. Duas semanas depois da ação ser ajuizada, a relatora, ministra Rosa Weber, decidiu submeter o assunto ao plenário e deu prazo de cinco dias para que a Presidência da República, o Senado e a Câmara Federal forneçam informações.

 Danoso    
Para Bivar, “além de inconstitucional, porque só poderia ser criado por emenda constitucional e não por lei ordinária, o Fundo é danoso socialmente, já que os recursos são oriundos de emendas destinadas a obras para atender necessidades da população”.

Julgamentos
O deputado estadual Romário Dias (PSD) criticou ontem  a discussão entre os ministros do STF Luís Barroso e Gilmar Mendes, afirmando que  o conselho de ética do Supremo deveria agir nesse caso que envergonha o Brasil. “Foi uma discussão baixa, pequena, mesquinha e desnecessária. E pior é saber que são esses ministros que julgam parlamentares, senadores, governadores.”

Por essa e outras
O projeto do deputado André Ferreira(PSC) que concedia o título de cidadão pernambucano ao senador Magno Malta (PR) foi derrotado ontem  no plenário da Assembleia Legislativa. Tinha de ter no mínimo 25 votos mas só foram dados 22 votos favoráveis. Para contornar a situação, o presidente da Casa, Guilherme Uchoa (PDT), fez uma nova votação, no fim da sessão, para que quatro deputados que estavam ausentes pudessem votar. O título, então, foi aprovado.