'Não quero aplauso fácil', diz Temer

Publicação: 22/02/2018 03:00

O presidente Michel Temer rebateu o ex-presidente Lula e disse que a intervenção federal no Rio de Janeiro não foi motivada por interesses eleitorais. Em nota, o emedebista afirmou que não seguirá em busca de “aplauso fácil”, que a agenda eleitoral “não é e nem será causa” das ações governamentais e que a iniciativa no Rio de Janeiro não tem “significação eleitoral”. “O presidente reitera que toda e qualquer decisão do governo é regida exclusivamente para as reais necessidades do país. A agenda eleitoral não é nem será causa das ações do governo”, disse.

No mesmo posicionamento, Temer desautorizou o seu marqueteiro, Elsinho Mouco, um dos principais entusiastas de sua candidatura à reeleição. Em coluna do O Globo, Elsinho disse que o presidente “já é candidato” e “apostou todas as fichas na intervenção federal” do Rio de Janeiro. Segundo o emedebista, assessores e colaboradores “não falam e não têm autorização para falar em nome do presidente da República”.

A declaração do marqueteiro irritou o presidente, o que levou o publicitário a emitir uma nota à imprensa ressaltando que nunca falou em nome do governo e que se trata de uma opinião pessoal.

O foco na segurança pública faz parte de estratégia para endurecer a imagem do presidente, na tentativa de reduzir a sua impopularidade e viabilizá-lo para uma candidatura à reeleição presidencial.

Presidente nacional do MDB, o senador Romero Jucá (RR) disse nesta quarta-feira (21) que o presidente Michel Temer pode, sim, ser o candidato do partido à Presidência da República em 2018. “O presidente Michel Temer é uma opção do MDB para ser candidato à Presidência da República se ele assim entender”, afirmou Jucá. O senador disse que seu partido defende candidatura própria e que a decisão é de Temer. “O presidente vai decidir no momento apropriado”, disse Jucá.