Um ponto em comum une os pré-candidatos ao governo do estado 2018. Nenhum deles é conhecido pela fama de folião, como Jarbas Vasconcelos (MDB), Gustavo Krause (DEM) e João Paulo (PT), todos ex-prefeitos do Recife. E também não há um nome definido para enfrentar o governador Paulo Câmara (PSB) nesse bloco diverso. Todos travam suas disputas internas ou medem os prós e contras de um cenário eleitoral pós Lava-Jato que deixou os eleitores apáticos.

Dos oposicionistas, quem mais vai circular nos festejos de Momo é a vereadora recifense Marília Arraes (PT), que enfrenta uma disputa para se consolidar como candidata do PT. Ela entrou na sigla com a bênção de Lula, mas pode ter o projeto político rifado em nome da aliança nacional entre socialistas e petistas, que poderá ser anunciada em março.

Enquanto conversa com lideranças para se viabilizar, Marília vai circular pelo Galo da Madrugada neste sábado, conferir a festa do Papangu de Bezerros e do Aratu Vermelho em Olinda, ambas neste domingo. Na segunda-feira, ela dá uma pausa para ficar com a família, mas na terça-feira estica para Nazaré da Mata para prestigiar o Corredor dos Maracatus. No domingo da próxima semana, encerra a festa no Desfile das Virgens de Surubim, no Agreste.

Se há frevo de todos os ritmos, o mesmo se dá com as pré-campanhas da oposição. O ministro da Educação, Mendonça Filho, e o deputado federal Bruno Araújo, nomes mais lembrados do DEM e do PSDB na disputa estadual, não divulgaram detalhes da agenda. Já o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB), por sua vez, vai participar da abertura do Carnaval em Petrolina, município governado por seu filho Miguel (PSB), e, no domingo, o parlamentar faz uma visita Bezerros, numa das festas mais tradicionais do interior. Ele ainda não sabe se terá o comando do MDB para concorrer ao Palácio das Princesas, em virtude da disputa judicial enfrentada com o vice-governador Raul Henry (MDB).

Pré-candidato do PTB, o senador Armando Monteiro Neto não vai participar de festas carnavalescas neste ano por ainda está de luto pela morte do seu pai, o ex-ministro Armando Monteiro, que faleceu no início de janeiro. Alguns avaliam que ele pode concorrer ao Senado, pressionado por sua base.