Meirelles: união para um candidato só seria 'artificial'

Publicação: 13/03/2018 03:00

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, avaliou ontem que uma eventual união entre ele próprio, o presidente Michel Temer e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para uma candidatura única à Presidência da República este ano seria “artificial”. No último fim de semana, Meirelles se encontrou com Temer no Palácio do Jaburu para debater o cenário eleitoral. “Não acredito nisso. A união para o lançamento de uma candidatura única seria algo que poderia ser visto como artificial. Talvez não seja isso que a população quer, para haver mais oportunidades de escolha na eleição”, disse o ministro, após participação no evento Gazeta Agro.

Tratado como presidenciável pela organização do evento, Meirelles afirmou que ainda está conversando com diversos partidos políticos e fazendo pesquisas qualitativas sobre qual projeto a população desejaria para o país. “O povo não quer soluções populistas, quer soluções de fato. Sabemos quem tem condições de representar o Brasil e fazer com que o país cresça. O Brasil precisa de competência e honestidade”, afirmou, antes de reiterar que só irá anunciar sua decisão de disputar ou não a eleição nas próximas semanas. A equipe de filmagem do ministro acompanhou o evento na capital mato-grossense.

Meirelles tem até o dia 7 de abril para se descompatibilizar do cargo de ministro para concorrer à Presidência. Segundo ele, o governo pode apresentar projeto de simplificação do PIS/Cofins - uma das 15 pautas prioritárias do governo na economia - ainda neste prazo.

Ao falar com os jornalistas, ele evitou comentar em detalhes a decisão dos Estados Unidos em sobretaxar o aço e o alumínio importados. “Estamos ainda avaliando as ações do governo americano. O importante é que o comércio seja mais livre no mundo. É importante que o comércio seja justo e que não haja barreiras artificiais”, completou. (AE)