Publicação: 15/11/2018 03:00
O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), indicado para chefiar a Casa Civil no governo de Jair Bolsonaro, afirmou ontem que a equipe de transição estuda a criação do Ministério da Cidadania e Trabalho. A pasta aglutinaria as estruturas atuais dos Ministérios do Trabalho, do Desenvolvimento Social e dos Direitos Humanos, além da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas.
Entre as atribuições da nova pasta estariam a administração do programa Bolsa Família, do conselho curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e das superintendências e agências regionais do trabalho nos Estados e ainda a fiscalização do trabalho escravo. “Pelo desenho, o ministério reuniria trabalho, desenvolvimento social, combate às drogas e direitos humanos”, disse Lorenzoni, que também é o coordenador do grupo de transição nomeado pelo presidente eleito.
O nome do titular que cuidará da pasta não foi definido. Um dos primeiros cogitados para a vaga foi o senador e candidato derrotado à reeleição Magno Malta (PR-ES). Logo depois do segundo turno, Malta procurou Bolsonaro para pressionar por um espaço na equipe. O presidente eleito chegou a gravar um vídeo para afirmar que o senador derrotado estaria no seu governo. Auxiliares disseram que Malta assumiria uma pasta que se chamaria Ministério da Família.
O senador, porém, enfrenta resistências de parte da equipe de Bolsonaro, especialmente dos militares da reserva. Generais ligados a Bolsonaro afirmam que, na pré-campanha, Malta não teria se esforçado dentro do PR para ser o candidato a vice na chapa presidencial. Ainda na avaliação deles, o senador não “agregaria” no trabalho de equipe e teria potencial de causar problemas políticos. Aliados de Bolsonaro na bancada evangélica também disseram ao presidente eleito que não fazem questão da escolha de Malta. (Agência Estado)
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