“Todos os partidos da Frente Popular têm quadros com dimensão para  ocupar a vaga de vice”, avisa o deputado federal João Campos, o candidato do PSB à Prefeitura do Recife. Isso significa, em tese, que não há reserva de espaços na chapa majoritária, embora o socialista ressalte que ainda não está tratando desta questão. Tradicionalmente, a escolha do vice é a última etapa na definição de uma chapa, mas nas rodas políticas, a discussão do vice de João tem se restringido  a dois partidos - MDB ou PT - dependendo da definição dessas duas siglas no que diz respeito a candidatos próprios.  Em conversa com a coluna, no intervalo de uma caminhada pelo Jordão, João citou também dentro dessas alternativas, outras agremiações como o PP, PSD, PDT, Solidariedade, Avante e o PCdoB. Bem, o anúncio do vice é reservado para um período mais próximo das convenções, por dois motivos: é com essa vaga  que o candidato tem condições de atrair para o palanque partidos ou grupos ainda resistentes ao seu projeto político, além de ser um recurso que traz uma novidade, sobretudo quando o cabeça de chapa está na vitrine há muito tempo, como é  o caso de João. Agora, ser vice não é uma tarefa fácil. Nem para aqueles que se consideram talhados para o cargo, por serem discretos como manda a cartilha do poder, nem  para os mais ousados que prometem modelo diferente para exercer a função.

À moda antiga
Apesar do frisson das redes sociais, João Campos tem exercitado uma prática antiga de fazer política: conversar com presidentes estaduais de partidos, sem formalidades, para trocar ideias, formular arranjos e negociações. Estão nessa lista, nomes como Raul Henry (MDB), Augusto Coutinho (SD), Eduardo da Fonte (PP), Wolney Queiroz (PDT), André de Paula (PSD) Sebastião Oliveira, pelo Avante, e Renildo Calheiros, pelo PCdoB. Todos são deputados federais, com convivência na Câmara, o que facilita um maior entrosamento.

De mala e cuia
Pois é, o argentino Diego Brandy já está devidamente instalado no Recife para ser o marqueteiro da campanha de João Campos.

Estarrecedoras
Nas caminhadas pelas comunidades, “o que mais gosto de fazer”, desde a campanha para deputado federal, João revela que presencia situações de pobreza estarrecedoras. Nessas andanças, está sempre ao lado de lideres comunitários. Detalhe: em 2018,  ele teve o apoio de apenas três vereadores: Aline Mariano, Marcos Di Bria e Eduardo Marques (PSB).

Cidadania
Presidente estadual do Cidadania, o deputado federal Daniel Coelho, pré-candidato a prefeito do Recife, trabalha para que o partido lance candidaturas próprias em mais de 20 municípios. Ontem, o prefeito de São José da Coroa Grande, Jaziel Lages, filiou-se ao partido.

Novo presidente
Será nesta segunda-feira  a posse  do novo presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco, o desembargador Fernando Cerqueira. A solenidade será às 15h no Palácio da Justiça.

Farpas e faíscas
O segundo ano do governo Bolsonaro começa com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), criticando o ministro da Educação, Abraham Weintraub, apontado como “um desastre que atrapalha o Brasil”. As declarações foram após evento, em São Paulo, quando Maia ressaltou também que “quem demite e quem nomeia ministro é o presidente”. Um bom mote para uma crise entre o Planalto e o Congresso.