A posição do presidente da Assembleia Legislativa, Álvaro Porto (PSDB), contra a convocação extraordinária não atinge apenas o Governo do Estado. O presidente do TJPE, Ricardo Paes Barreto, também lamenta porque não pode dar andamento à ampliação do número de desembargadores, de 52 para 58. A questão é porque qualquer remanejamento de recursos que o Governo tenha que fazer, precisa ser aprovado pelos deputados estaduais. E para colocar em prática o número de vagas já sancionado pela governadora Raquel Lyra (PSDB), o TJPE depende do repasse de R$ 15 milhões. Perguntado se está chateado por conta disso, Ricardo Paes Barreto disse que não, mas se a decisão de Álvaro Porto for mantida, o TJPE terá que esperar o fim do recesso parlamentar. Além desse projeto de interesse do Judiciário, tem um do Governo que pede autorização para contrair empréstimo de R$ 652 milhões. Foi justamente esse que a oposição usou como mote para não votar nas comissões da Alepe, cobrando explicações. Já a nota de Álvaro Porto focou na preocupação de sindicatos com perdas de direitos. “Nos últimos dias, entidades sindicais do serviço público estadual têm procurado deputados para externar preocupação com as mudanças propostas no texto 2088/2024, que prevê a adesão ao Plano de Promoção do Equilíbrio Fiscal (PEF). Para os servidores, há risco de perdas de direitos por conta das medidas do regime de recuperação fiscal defendido pelo PEF”, justificou Porto. Ontem, Raquel Lyra falou rapidamente sobre o assunto e disse que não tem nada definido sobre convocação extraordinária da Assembleia.

“Então não vai ter”
A nota divulgada pela Assembleia Legislativa pegou vários deputados de surpresa. Um deles chegou a dizer que poderia haver convocação extraordinária. Mas ao ser informado da decisão de não ter, soltou: “Então não vai ter. Não é Álvaro Porto que manda?”. Outros ouvidos pela coluna preferiram aguardar o desenrolar dos fatos.

Candidata do Psol  
A Federação PSOL/Rede vai lançar  a pré-candidatura da advogada Michelle Santos à Prefeitura de Caruaru, amanhã. O evento ocorrerá a partir das 19h, no City Hotel Premium. “Chegou a hora de Caruaru despertar”, avisa Michelle.

Defende saída  
O presidente estadual do PT, deputado Doriel Barros, defende que Mozart Sales deixe mesmo o cargo no Ministério de Relações Institucionais, amanhã. Lembra que o prefeito João Campos (PSB) estipulou agosto como prazo para definir o vice.

Empresa de volta
Uma das empresas que prestará consultoria ao Governo do Estado, a Falcone, fez o mesmo trabalho quando Eduardo Campos era governador. Quem lembrou foi Raquel Lyra, ao firmar parceria com o Movimento Brasil Competitivo. E disse que viu os resultados, quando o pai João Lyra assumiu o Governo. Mas, segundo ela, todo o trabalho foi desfeito no Governo Paulo Câmara.