DIARIO POLíTICO » Cantor candidato?

por Ricardo Dantas Barreto

Publicação: 04/01/2025 03:00

Bastou uma declaração do cantor sertanejo Gusttavo Lima ao Metrópoles de que deseja ser candidato a presidente da República, para o assunto render nos primeiros dias de 2025. Ele não é filiado a partido, tem uma carreira artística sólida e nunca concorreu a nada. Mas disse que o Brasil precisa de alternativas, num momento em que está dividido entre lulismo e bolsonarismo. O próprio Gusttavo apoiou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que agora se considera traído pelo “amigo”. Mesmo inelegível, Bolsonaro sonha em concorrer novamente ao Palácio do Planalto. Se o cantor levará adiante esse projeto político, só mais à frente os eleitores brasileiros saberão. Contudo já tem partidos dispostos a filia-lo e também os que descartam a candidatura dele. Observando esse primeiro momento, de fato Gusttavo Lima tem certa razão quando fala na falta de opções e isso não é só no Brasil. Não faltam exemplos em outros países de candidatos que não fazem parte do mundo político e surgem como salvadores da pátria. Alguns levam a campanha no rumo do folclore. Só que a política cobra mais do que o desejo de entrar só por boa vontade. É um ramo que exige até mesmo menos ética, menos honestidade e muitos acordos. Como se diz: tem que ser do ramo. Mas Gusttavo conseguiu ocupar espaço e causou frisson com o anúncio, pouco tempo depois de virar suspeito de envolvimento em irregularidades das conhecidas bets. Por falar nisso, a também investigada Deolane já foi às redes sociais e se colocou, mesmo na “brincadeira”, como possível vice na chapa do cantor.

Reunião sobre emendas
Às 15h de segunda-feira, haverá reunião na Assembleia Legislativa, comandada pelo presidente Álvaro Porto (PSDB), para tratar sobre a conversa que ele teve, quinta-feira, com a governadora Raquel Lyra (PSDB), a respeito do pagamento do restante das emendas parlamentares. A liberação dos recursos deveria ter ocorrido até 30 de dezembro.

Porto acatará decisão
Na reunião, Álvaro Porto deixou claro a Raquel Lyra que a decisão a ser tomada pelos demais deputados será acatada pela Mesa Diretora. O não pagamento das emendas pode resultar em denúncia sobre improbidade administrativa. A governadora alegou questões burocráticas.

Lembranças de Henry
Ao ser empossado, quinta-feira, na Secretaria de Relações Institucionais do Recife, Raul Henry (MDB) lembrou que, há exatos 39 anos, ele e Eduardo Campos assumiram pela primeira vez cargos públicos, quando o prefeito era Jarbas Vasconcelos. Agora, Henry auxilia João Campos.

Ruídos petistas

A senadora Teresa Leitão disse que, nessa disputa interna do PT por cargos na Prefeitura do Recife, o que menos se quer é ruídos. Porém, reconhece que nem todos agem nesse sentido. “Tem quem coloca protetor auricular para reduzir o ruído. Mas tem gente que usa aparelho para aumentar”, disse Teresa.