DIARIO POLíTICO » Cadê o médico?

por Ricardo Dantas Barreto

Publicação: 10/04/2025 03:00

A nova presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), Carol Tabosa, reconhece a dificuldade para que os profissionais permaneçam por longos períodos em unidades de saúde públicas, caso não sejam concursados. Se for em cidade do interior, é mais complicado ainda. Boa parte tem baixa arrecadação e depende do FPM repassado pelo Governo Federal. Apesar de algumas prefeituras pagarem salários mais altos, os contratados temporariamente, muitas vezes, pedem para sair porque encontram algo melhor e mais rentável. Carol diz ser muito difícil para um médico trabalhar sem as condições necessárias, em locais até mesmo insalubres e sem perspectiva de futuro. “Não é só prover, só colocar o médico ali, mas fixar de fato. Além da boa remuneração, a gente precisa de plano de cargos e carreira que vislumbre um crescimento ao longo do tempo. Precisa de condições de trabalho. Se sabe o que deve ser feito, dos equipamentos e medicamentos para conseguir atender à população. E não ter acesso a isso traz um sentimento muito ruim para os médicos. Um sentimento de impotência. A gente entende que há o dificultador para fixar o médico, e que ele vai encontrar em algum momento onde desenvolver todas as suas potencialidades”, disse a presidente do Simepe, durante entrevista à TV Nova. Carol cita como alternativa o Programa Mais Médicos para suprir a demanda, porém reconhece que “ainda é precário e precisa melhorar”.

Erro na origem

O projeto que acabava com a cláusula de barreira para aprovados no concurso da Polícia Civil foi rejeitado na 2ª votação na Assembleia Legislativa, após ter sido aprovado por unanimidade. A bancada do Governo teve que voltar atrás e absorver o ônus do erro na origem. Caso tivessem observado que havia inconstitucionalidade, sequer chegaria ao plenário.

Ônus dos aliados

Entre deputados oposicionistas, a avaliação é que houve vacilo do Governo por não acompanhar de perto a discussão e, só depois da aprovação, cobrou dos aliados que revissem os votos ontem. Senão, caberia à governadora Raquel Lyra (PSD) ter que vetar e assumir o desgaste.

100 dias de governo

Hoje, os prefeitos completam 100 dias nos cargos, depois de terem tomado posse em 1º de janeiro deste ano. Cada um que diga o que fez e aconteceu nesse curto período de gestão, que virou um marco na tradição da política brasileira. Quem foi reeleito pode ter mais o que mostrar.

Jarbas Filho x Raul Henry

O deputado Jarbas Filho admite que não tem como voltar a ter a mesma relação com o presidente do MDB, Raul Henry, após a troca de ofensas pessoais da semana passada. “Não dá mais para para tratar pessoalmente com ele. Só politicamente, enquanto estivermos no mesmo partido. E não sei se ele vai continuar no MDB, depois que o nosso grupo ganhar a eleição”, disse o parlamentar.