Com repetidas ausências em treinamentos, o ídolo Dênis Marques segue perdendo espaço no elenco tricolor

A ausência de Dênis Marques na reapresentação do elenco coral no início da semana, como aconteceu mais uma vez ontem, perdeu o impacto. Não só porque se tornou habitual, mas também porque há muito tempo Dênis é mais um no elenco tricolor. Um reserva. Deixou o protagonismo para outros. Não pelas faltas, mas pelo desempenho nos jogos. Dele e dos outros, em especial André Dias, o atacante que deu aos tricolores os gols que ele precisava para conseguir o acesso e chegar à final da Série C.

A “substituição” de ídolo no ataque tricolor aconteceu durante o Campeonato Brasileiro. Tem como marco o empate em 0 a 0 contra o CRB, pela 11ª rodada, estreia de Vica no comando tricolor. Nos 10 jogos anteriores, André Dias só foi acionado três vezes. Uma como titular, na estreia. Nas outras duas partidas, entrou depois dos 30 minutos do segundo tempo. Era reserva absoluto de Sandro Barbosa, espectador de Dênis Marques, que não estava bem. Até então, havia marcado somente quatro gols.

Com Vica, André começou como reserva. Entrou aos 31 minutos do segundo tempo do duelo com o CRB. E não sairia mais do time. Contou com a “ajuda” do rival no ataque.
Dênis foi excluído da partida seguinte, contra o Cuiabá, por questões disciplinares.
Ficou no Recife e viu André Dias marcar dois gols e dar a primeira vitória do Santa Cruz fora de casa na história da Série C.

Dênis ainda ficou de fora do jogo seguinte, contra o Fortaleza. Voltaria somente depois, contra o Águia. Mas ao lado de André, que mostrou ter assimilado a ideologia do treinador, de colocar o Santa acima de todos: deixou a camisa 9 para Dênis. Vestiu a 99. Cada um marcou um gol e o Tricolor venceu. Os dois voltariam a dividir a titularidade na sequência, contra o Baraúnas. Para nunca mais. A segunda vitória coral como visitante, diante do Baraúnas, teve gol de André Dias. E substituição de Dênis Marques, aos 22 minutos do segundo tempo, para a entrada de Natan.

Inverteu
A partir daí, as situações se inverteram. Enquanto André, vestindo 99, ia conduzindo o ataque tricolor ao acesso, Dênis torcia da reserva. Perdeu a posição para o recém-chegado Siloé. Voltou a começar de frente só uma vez, quando André esteve ausente, diante do Treze, na rodada final da primeira fase. Com o 9 em campo, o Santa perdeu. Para alento dos tricolores, o 99 voltaria para ajudar o Santa a subir para a Segundona.