O Cruzeiro estreia no Brasileiro neste domingo, às 16h, em Salvador, contra o Bahia. Pelas declarações do técnico Marcelo Oliveira, porém, o sentimento não é tão assim de uma estreia. O time celeste quer, sim, o bicampeonato. Quer mais, porém, a classificação às quartas de final da Libertadores. É mais urgente, imediato. E como o “cansaço” foi o motivo alegado pelo treinador para o empate em casa por 1 a 1, diante do Cerro Porteño, a primeira partida da caminhada ficará a cargo dos reservas.

Após a partida contra o Cerro, Marcelo ressaltou que o Cruzeiro disputou cinco duelos decisivos consecutivos, contra Universidad de Chile, Real Garcilaso e Cerro Porteño, além dos dois jogos contra o Atlético-MG, pela final do Mineiro. Foi evidente o cansaço do Everton Ribeiro, pela movimentação constante, do Willian também. Então vamos analisar”, explicou o treinador, ao cogitar a possibilidade de poupar atletas na partida deste domingo.

A decisão, aliás, pode ser embasada até mesmo na experiência do adversário na Libertadores. O Cerro poupou todo seu time titular no último jogo da equipe antes da partida de quarta-feira, contra o Cruzeiro. Isso refletiu em campo. O próprio Marcelo afirmou ter ficado muito claro a “diferença de desgaste físico de um time para o outro”. “O Cruzeiro vem de cinco jogos decisivos, que você tem que doar muito física e emocionalmente. É muito mais fácil defender, como eles (Cerro) fizeram muito bem”, avaliou Marcelo

Substitutos
A decisão de poupar jogadores interfere na qualidade do time, inevitavelmente. O discurso é obrigatório em outro sentido. Marcelo garante que o elenco é capaz de manter o nível apresentado pelos titulares. “Se tiver algum jogador que a gente tenha que tirar, temos qualidade suficiente para jogar com outro time e iniciar bem o Brasileiro. Se puder levar alguém deste time que jogou contra o Cerro, vamos levar. Se não puder, a gente troca todo mundo.”