Agora Maria José "fecha" a Seleção. E sem Caça-Rato!

- “Alô, é do Diario?”
- “É sim.”
- Bom dia, meu nome é Maria José. Olha só, ontem vocês publicaram na capa umas figurinhas dos jogadores que podiam ser convocados para a Seleção, para colar na página de trás, né?
- Sim.
- Eu estou ligando porque teve um erro. Faltou a figurinha de Henrique.
- É, dona Maria. Felipão disse que ia fazer uma surpresa e fez mesmo. Até para a gente.
- Pois é. (risos) Mas eu queria saber se vocês vão publicar.
- Publicar?
- É, a figurinha de Henrique. Porque eu colei todas, só faltou a dele.

Assim começou essa reportagem, num telefonema na manhã de ontem. Pouco tempo depois, a repórter Thaís Lima estava na casa da professora Maria José Porto da Paixão, 58 anos, para conhecer uma simpática torcedora que cobrava, com razão, a ausência do zagueiro Henrique entre as 48 fotos dos possíveis convocados por Felipão para a Copa do Mundo. Encontrou uma mulher apaixonada pela Seleção e pelo futebol.

Paixão herdada da mãe, torcedora do Sport, que chegava até a brigar com o marido por causa de Pelé. “Minha mãe gostava de Pelé, mas meu pai não. Aí dava em briga. Meus pais nunca brigavam, mas quando o assunto era futebol, aí tinha discussão”, lembra ela, que acrescentou uma cor à herança materna: a branca. Dona Maria José é torcedora do Santa Cruz.

Por ser tricolor, a torcedora, que sempre enfeita a casa durante a Copa, disse que está preparando uma decoração especial para esta: ela quer unir os 100 anos da Seleção Brasileira e o centenário do Santa Cruz. “Vou juntar os dois times. Este ano vai ser diferente, vai ser especial”, contou Maria José.

A paixão pelo Santa, inclusive, quase levou-a a colar a “figurinha” de Flávio Caça-Rato no espaço de Henrique. “Eu quase colei a dele (Caça-Rato), já que é o jogador que eu mais queria ver na Seleção. Mas Hernanes foi chamado, né? Ele é pernambucano, então tá certo”, brincou ela. Por via das dúvidas, dona Maria José, está aí a figurinha de Henrique.