Um capítulo do passado que assusta Apenas uma vez o Central venceu o Santa Cruz por quatro gols de diferença. Este resultado leva a decisão de amanhã para os pênaltis

Yuri de Lira
yuridelira.pe@dabr.com.br

Publicação: 25/04/2015 03:00

Birigui não defendeu a cobrança de pênalti de Baiano (BENEDITO SOARES/DP/D.A PRESS)
Birigui não defendeu a cobrança de pênalti de Baiano
Não dá para negar. O Santa Cruz está praticamente garantido na decisão do Pernambucano. Reverter a vantagem feita no Arruda, no último sábado, é uma tarefa pouco plausível para o Central. A história, aliás, dá a prova irrefutável de que a possibilidade beira mesmo o impossível. Os dois times se enfrentam desde 1937. Mas apenas uma única vez a equipe caruaruense conseguiu o resultado que precisaria para, ao menos, levar a semifinal de amanhã, no Lacerdão, para os pênaltis. Ainda em 1988, na abertura do segundo turno do Estadual. Os alvinegros golearam os corais por 4 a 0, em casa.

Naquele 16 de maio, um dia após o jogo, o Diario estampou na manchete: “Goleada histórica”. Qualificou a atuação do até então bicampeão e favorito Santa Cruz no confronto em Caruaru como “irreconhecível”. No comando da equipe tricolor, o técnico Abel Braga taxou o episódio como um “desastre” para o Tricolor. O goleiro Birigui, apesar dos quatro gols sofridos, foi o único jogador a se salvar do Santa Cruz e evitou um vexame maior, segundo a edição.

Aquela vitória em cima do Santa no Lacerdão (ainda chamado de Pedro Victor de Albuquerque) acabaria dando aos alvinegros a liderança provisória do turno daquela edição campeonato, que viria a ser conquistado pelo Sport. À época, o resultado foi a maior goleada do Central sobre um time grande do Recife. Posteriormente, a Patativa viria aplicar outro 4 a 0 - mas sobre o Náutico, na Série B de 1996. E, dez anos depois, um 4 a 1 no Sport, no Estadual.

O técnico Ricardinho Sabe que a vantagem do Santa é imensa. Acredita que o Central possa revertê-la. Mas não crê que o seus atletas permitirão que a história de 88 se . “O nosso grupo teve um amadurecimento muito interessante. Trabalhamos o máximo com respeito ao adversário, mas com gana de vencer.”