SANTA CRUZ » Desafio para os mais otimistas

Rafael Brasileiro
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Publicação: 19/10/2017 03:00

É difícil para a torcida acreditar. No time do Santa Cruz, no discurso dos atletas. Que, ironicamente, falam em “acreditar”.  Ontem, após mais uma frustração no Arruda, o empate em 2 a 2 contra o Oeste,  o elenco se reapresentou insistindo que existe uma luz no fim do túnel. Que uma reação nas rodadas finais é possível para evitar a queda. Mesmo que isso represente, para um time que só venceu um dos últimos 15 jogos, obter um aproveitamento acima de 60% nas oito partidas que restam.

Por todo esse contexto negativo, o convite para continuar acreditando soa como exagero de torcedor otimista. Coincidentemente, o clamor partiu de um atleta identificado com as cores do clube. Um tricolor assumido, condição reafirmada ontem. No caso, o lateral-direito Nininho, formado nas divisões de base do Arruda.

“Eu falaria para o torcedor o que falamos para o grupo. Não desistir. Está difícil, mas a gente acredita e o torcedor pode nos ajudar nos apoiando. O nosso grupo está fechado para livrar o Santa Cruz desse rebaixamento e sei que no fim do ano iremos ver que esse esforço está valendo”, afirmou ele, minimizando que a pressão esteja atrapalhando o rendimento do time. “Já estou acostumado. Sou cria da base, sou torcedor do Santa Cruz. Se sentisse pressão não estaria ali dentro.”

O técnico Marcelo Martelotte é o principal propagador da esperança coral. Apesar do abatimento após o empate, que classificou como decepcionante, o treinador  não desistiu de alcançar o seu objetivo. A. “Exalto, mesmo no resultado negativo, a qualidade dos nossos jogos. Se não tivéssemos esse bom nível, nossa esperança seria muito menor. Perdemos a oportunidade de diminuir a diferença. Agora, temos um jogo a menos e o que eu passo, e tenho sempre tenho passado, é que o campeonato será definido nas rodadas futuras.”, afirmou.