Aos poucos, o elenco que disputou a Série B pelo Náutico vai se desfazendo. Só ontem, três jogadores titulares, na reta final da competição, deixaram o clube. Pela manhã, o atacante Dico, alegando motivos pessoais, foi oficialmente desligado. No início da noite, foi a vez do zagueiro Breno Calixto revelar ao Superesportes que também não permanecerá. Por fim, o atacante William, que se envolveu em uma polêmica com o técnico Roberto Fernandes, não terá seu contrato renovado.

Dos três, quem mais entrou em campo na campanha do rebaixamento à Série C foi Breno Calixto. Foram 17 partidas, todas como titular, e um gol marcado (na vitória por 1 a 0 sobre o Vila Nova, fora de casa). Além disso, chamou a atenção pela sua personalidade forte. Ontem, foi seu último treino pelo clube. O jogador, que já está de férias, informou ter propostas de outros clubes do Brasil e também do exterior.

“Me identifiquei bastante com o clube e a torcida. Saio triste pelo rebaixamento, que me abalou muito pois nunca tinha sido rebaixado antes. Mas, particularmente, fico feliz pelo meu desempenho. Acho que fui bem na maioria dos jogos. Não é à toa que apareceram coisas boas para mim. A minha saída não tem nada a ver com o rebaixamento. Tanto que se tivéssemos evitado a queda, acho que dificilmente ficaria também na Série B.”

Já a saída de Dico foi motivada, segundo o vice de futebol Diógenes Braga, por problemas pessoais. Além disso, o jogador tem contrato com o Botafogo-PB até o final da próxima temporada e estava emprestado ao Timbu. Por sua vez, a situação de William ficou insustentável após o jogador revelar que parte do grupo não gostava da filosofia e trabalho do técnico Roberto Fernandes, que deve ter seu contrato renovado para 2018.

NÃO VEM

Também ontem, a diretoria do Náutico desistiu de contratar o ex-volante Sangaletti para assumir o cargo de executivo de futebol no próximo ano. Por conta da redução de receitas com o rebaixamento à Série C, foi decidido que nenhum outro profissional será incorporado à direção em 2018. Assim, a cúpula do futebol seguirá tendo a frente o vice executivo Diógenes Braga, o gerente Ítalo Rodrigues e mais dois diretores.