SELEçãO » 'Não tenho que ser Daniel Alves'

Publicação: 16/05/2018 09:00

O lateral direito Fagner disse ontem que não tem a pretensão de desempenhar o papel de Daniel Alves na Seleção Brasileira. Convocado para a Copa do Mundo da Rússia, o jogador do Corinthians disse estar aliviado por ter o nome anunciado na lista e garantiu que, se for acionado, vai tentar se adaptar ao estilo da equipe do técnico Tite sem mudar a sua essência.

Fagner e Danilo foram os laterais direitos convocados por Tite para o Mundial. Os dois teoricamente concorriam entre si pela vaga de reserva, mas entraram na lista dos 23 nomes pois o titular, Daniel Alves, sofreu lesão no joelho direito e não vai se recuperar a tempo para a Copa do Mundo. “A qualidade, a carreira e a história do Daniel são incomparáveis. Não tenho que ser Daniel Alves. Tenho que ser o Fagner, do Corinthians”, afirmou.

O corintiano disse que está realizado por vencer uma grande concorrência na posição para chegar à Copa e afirmou que se tiver chance de atuar, tentará repetir o que faz no Corinthians, sem tentar imitar Daniel Alves. “Tenho atuado de uma maneira e tenho de jogar da mesma forma. Preciso me adaptar ao estilo de jogo, me encaixar, e não a seleção se adaptar ao meu jogo. Quero ajudar da melhor forma possível”, disse.

Fagner sofreu no final de abril uma contusão na coxa direita. O problema lhe tirou dos últimos jogos do Corinthians e fez a comissão técnica da Seleção Brasileira se preocupar. No último domingo, o médico da seleção, Rodrigo Lasmar, foi ao CT do clube para examinar o jogador e teve um diagnóstico positivo sobre o cronograma de recuperação. Em nota oficial divulgada antes mesmo da convocação, a CBF confirmou que o lateral direito terá condições de disputar a Copa. A condição criou um suspense extra para o jogador antes da convocação. “Foi angustiante. Você cria uma expectativa de poder estar ali. A família inteira ficou tensa”, disse Fagner.

A parte física do atleta deixa a comissão técnica em alerta, mas o lateral direito vai terminar a recuperação durante a concentração do Brasil. “Estou me sentido muito bem. Tenho feito alguns trabalhos nos últimos dias. É tudo questão de evolução de como vou me sentir. Agora é ter paciência”.