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Tricampeões em casa
Desde a madrugada, na chegada do elenco no aeroporto, até a tarde, onde a delegação desfilou em carro aberto, milhões de argentinos recepcionam atletas em Buenos Aires
Publicação: 21/12/2022 06:00
Com Lionel Messi à frente, carregando a taça da Copa do Mundo, a seleção da Argentina desembarcou na madrugada de ontem em Buenos Aires, onde eram aguardados por dezenas de milhares de torcedores para dar continuidade às comemorações pelo terceiro título mundial do país.
O avião dos campeões no Mundial do Catar 2022, com a frase “Uma equipe, um país, um sonho”, pousou às 2h40 no aeroporto internacional de Buenos Aires.
Ao ritmo do popular “Muchachos”, hino não oficial da Argentina no torneio, Messi saiu do avião com o troféu, ao lado do técnico Lionel Scaloni.
Recebidos com um tapete vermelho na pista, os argentinos subiram em um ônibus aberto de dois andares e seguiram para o centro de treinamento da seleção, onde passaram a manhã antes de um desfile pelo centro de Buenos Aires.
Apesar do horário, milhares de pessoas estavam na rodovia, o que dificultou o avanço do ônibus, que demorou uma hora e 15 minutos para percorrer os 11 quilômetros entre o aeroporto e a base da AFA (Associação de Futebol Argentino).
Após várias horas de voo, os jogadores participaram da festa, com músicas e danças, enquanto passavam o troféu uns aos outros e exibiam a taça aos fãs.
Com telefones celulares que iluminavam a noite, os torcedores acompanharam o percurso do ônibus com bandeiras argentinas, sinalizadores e fogos de artifício. Também jogaram cartas e bolas na direção dos jogadores.
Festa continua
Mais de 5 milhões de pessoas se reuniram ao longo do trajeto da carreata, já durante o início da tarde, inicialmente programada para percorrer 70 quilômetros, segundo uma fonte da Prefeitura de Buenos Aires.
É a maior manifestação já vista na capital argentina, segundo a imprensa local.
Muitas pessoas de outras cidades, tão distantes como Bariloche (na Patagônia, ao sul), ou de Rosário, terra de Messi e Ángel Di María, e dos municípios da periferia de Buenos Aires foram à capital para participar das comemorações.
O governo argentino decretou feriado nacional para facilitar a participação do povo na festa.
“Vou ao Obelisco porque a Argentina ganhou. Faziam 36 anos que não ganhava. Eu tinha seis anos quando ganhou em 1986. Não posso explicar com palavras, só com emoção”, disse Paola Zattera, uma funcionária pública de 43 anos.
Túnica do sucesso
Desde que o emir do Catar colocou a tradicional túnica árabe negra e dourada sobre os ombros do recém-proclamado campeão do mundo Lionel Messi, as vendas das “bisht” dispararam na loja de Ahmed Al Salim.
Sua empresa familiar, localizada no mercado popular de Souq Waqif, produz capas como a que o camisa “10” vestiu para receber a taça da Copa do Mundo no estádio Lusail.
O uso dessa vestimenta em um momento de tanta atenção da mídia internacional gerou debate sobre o gesto, mas para muitos no Catar é motivo de orgulho.
Em épocas normais, esta empresa, que fornece o artigo para a família real do Catar há anos, vende de oito a dez peças por dia. Ontem, as vendas dispararam para 150, três delas como réplicas idênticas à de Messi, feita em algodão do Japão e fio de ouro alemão, tendo um valor estimado em U$$ 2 mil (R$ 10 mil, na cotação atual). (AFP)
O avião dos campeões no Mundial do Catar 2022, com a frase “Uma equipe, um país, um sonho”, pousou às 2h40 no aeroporto internacional de Buenos Aires.
Ao ritmo do popular “Muchachos”, hino não oficial da Argentina no torneio, Messi saiu do avião com o troféu, ao lado do técnico Lionel Scaloni.
Recebidos com um tapete vermelho na pista, os argentinos subiram em um ônibus aberto de dois andares e seguiram para o centro de treinamento da seleção, onde passaram a manhã antes de um desfile pelo centro de Buenos Aires.
Apesar do horário, milhares de pessoas estavam na rodovia, o que dificultou o avanço do ônibus, que demorou uma hora e 15 minutos para percorrer os 11 quilômetros entre o aeroporto e a base da AFA (Associação de Futebol Argentino).
Após várias horas de voo, os jogadores participaram da festa, com músicas e danças, enquanto passavam o troféu uns aos outros e exibiam a taça aos fãs.
Com telefones celulares que iluminavam a noite, os torcedores acompanharam o percurso do ônibus com bandeiras argentinas, sinalizadores e fogos de artifício. Também jogaram cartas e bolas na direção dos jogadores.
Festa continua
Mais de 5 milhões de pessoas se reuniram ao longo do trajeto da carreata, já durante o início da tarde, inicialmente programada para percorrer 70 quilômetros, segundo uma fonte da Prefeitura de Buenos Aires.
É a maior manifestação já vista na capital argentina, segundo a imprensa local.
Muitas pessoas de outras cidades, tão distantes como Bariloche (na Patagônia, ao sul), ou de Rosário, terra de Messi e Ángel Di María, e dos municípios da periferia de Buenos Aires foram à capital para participar das comemorações.
O governo argentino decretou feriado nacional para facilitar a participação do povo na festa.
“Vou ao Obelisco porque a Argentina ganhou. Faziam 36 anos que não ganhava. Eu tinha seis anos quando ganhou em 1986. Não posso explicar com palavras, só com emoção”, disse Paola Zattera, uma funcionária pública de 43 anos.
Túnica do sucesso
Desde que o emir do Catar colocou a tradicional túnica árabe negra e dourada sobre os ombros do recém-proclamado campeão do mundo Lionel Messi, as vendas das “bisht” dispararam na loja de Ahmed Al Salim.
Sua empresa familiar, localizada no mercado popular de Souq Waqif, produz capas como a que o camisa “10” vestiu para receber a taça da Copa do Mundo no estádio Lusail.
O uso dessa vestimenta em um momento de tanta atenção da mídia internacional gerou debate sobre o gesto, mas para muitos no Catar é motivo de orgulho.
Em épocas normais, esta empresa, que fornece o artigo para a família real do Catar há anos, vende de oito a dez peças por dia. Ontem, as vendas dispararam para 150, três delas como réplicas idênticas à de Messi, feita em algodão do Japão e fio de ouro alemão, tendo um valor estimado em U$$ 2 mil (R$ 10 mil, na cotação atual). (AFP)