DIARIO ESPORTIVO » Ações integradas

por Beto Lago
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Publicação: 04/02/2025 03:00

A portaria do Governo de Pernambuco, que determina portões fechados para cinco jogos envolvendo Santa Cruz e Sport, revela-se ineficaz, pois não aborda a raiz do problema: a violência das uniformizadas nas ruas das cidades. Felizmente, o clube rubro-negro conseguiu o mandado de segurança, que garante a torcida leonina no jogo de hoje à noite. Quem vive o ambiente do futebol sabe que grande parte dos confrontos ocorre a quilômetros dos estádios. Fechar os portões dos estádios significa penalizar não só o aspecto financeiro dos clubes, mas também os torcedores pacíficos e uma cadeia de serviços que depende dos jogos. Agora, é preciso ações efetivas que possam combater essa violência. De cara, a legislação precisa ser mais rigorosa, e a Assembleia Legislativa tem um papel crucial nesse aspecto, promovendo penas mais severas e criando um banco de dados que registre os infratores, evitando sua presença nos estádios. É alarmante que envolvidos na violência contra o ônibus do Fortaleza, em 2024, estivessem nos tumultos de sábado. Aumentar a presença policial nas ruas é essencial, incluindo o uso de câmeras de segurança e a criação de um centro de comando para monitorar e responder prontamente a incidentes de violência. Outra iniciativa que requer o apoio da CBF é a regulamentação de todas as torcidas organizadas no País, facilitando a fiscalização e a identificação de seus membros. Além disso, campanhas educativas devem ser feitas nas escolas, com a participação de ex-jogadores renomados, transmitindo mensagens de paz e respeito. A segurança pública precisa ser prioridade, e os recursos devem ser alocados de maneira eficiente para garantir que a violência não encontre espaço nas ruas. É certo que a violência das uniformizadas é um problema complexo que demanda a união de esforços de vários setores da sociedade, incluindo a imprensa. Somente através de uma abordagem integrada - que envolva educação, regulamentação, segurança, parcerias e legislação - será possível transformar o futebol brasileiro em um ambiente seguro e acolhedor.

Cortar relações
Os clubes têm a responsabilidade de romper qualquer vínculo com as uniformizadas que protagonizaram os episódios violentos no último sábado. Esse “corte de relações” oficial deveria ter sido feito de imediato, especialmente após as cobranças da SDS, ao apontar que diretores de clubes financiam essas organizações.

Resposta na Ilha

O Sport precisa de um bom desempenho contra o Fortaleza. Até para apagar a imagem negativa deixada contra o Santa Cruz. O técnico Pepa tem que definir e escalar o time titular, pois a fase de testes se esgotou. Uma vitória seria uma excelente resposta.

Despreparo

Um jogador que precisa focar mais em seu desempenho e menos em declarações é o atacante Bruno Mezenga. Sua fala após a derrota do Náutico para o Retrô demonstra despreparo e falta de inteligência.