Plano de emergência de R$ 30 mi Prefeito do Recife solicitou a verba ao Ministério da Saúde para contratação de 300 agentes e realização de campanha educativa

Publicação: 25/11/2015 03:00

ORecife está em situação de alerta de surto de dengue, chikungunya e zika. Significa que de 1% a 3,9% das casas da cidade têm focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor das doenças. Os dados foram divulgados, ontem, pelo Ministério da Saúde. Os pratinhos que apoiam vasos de flores ainda são os grandes vilões, junto com as plantas aquáticas, por acumularem água parada, apontou o ministro Marcelo Castro. Diante do quadro, o prefeito Geraldo Julio apresentou, também ontem, plano emergencial de combate ao mosquito e solicitou R$ 30 milhões ao ministério. O plano estadual de combate ao vetor será divulgado na próxima semana.

Geraldo Julio quer aumentar de 600 para 900 o número de agentes. Além disso, pretende adquirir insumos, equipamentos de proteção individual e fazer uma campanha publicitária. “O combate ao mosquito tem que ser porta a porta. Para isso, precisamos de mais agentes. E a educação neste momento é fundamental. Nós conseguimos sair da epidemia de dengue em junho, mas neste momento estamos enfrentando uma situação grave com a transmissão da dengue, chikungunya e zika, que a gente não conhece na história recente. Pedi essa audiência de urgência com o ministro para apresentarmos o programa”, afirmou Geraldo Julio.
O prefeito volta para o Recife hoje, mas o secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia, permanece em Brasília tratando do assunto. O estado negocia para lançar mão, novamente, do apoio das forças armadas no combate. Neste ano, foram destinados cerca de R$ 5 milhões em verba para esse trabalho, valor que deve crescer para 2016, com o acréscimo das atividades direcionadas ao zika.

A capital pernambucana está entre as 1.792 cidades do Brasil participantes do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), realizado em outubro e novembro deste ano. A pesquisa é o instrumento de controle do mosquito, porque é com base nas informações coletadas que os gestores identificam os bairros onde estão concentrados os focos de reprodução do Aedes e o tipo de depósito onde as larvas foram encontradas.

Dezoito capitais enviaram informações para o ministério. Apenas Rio Branco, no Acre, está em situação de risco, com 4% das casas visitadas com larvas do mosquito. Além do Recife, outras seis capitais também estão em alerta, Aracaju, São Luís, Rio de Janeiro, Cuiabá, Belém e Porto Velho. O Ministério da Saúde classifica em três tipos o perigo de surto de dengue, chikungunya e zika nas cidades. Está em situação de risco o município com 4% das casas com larvas do Aedes. Já a situação de alerta é considerada a intermediária, com registro de larvas verificado em 1% e 3,9% das residências. A situação satisfatória é quando menos de 1% das casas têm larvas do Aedes.