Roberto tatuava cruzes nas costas após os crimes

Oex-presidiário Roberto Gonçalves da Silva, 37 anos, estampa nas costas as marcas da sua crueldade. A cada assassinato cometido, uma nova cruz é tatuada. O corpo virou um “cemitério”. Todas as 13 mortes atribuídas a ele foram a facadas. Assim prefere o Diabo Loiro, como é conhecido. Segundo depoimento dele a policiais, para sentir o sofrimento das vítimas. Condenado a 159 anos de prisão, o serial killer (assassino em série) chegou a cumprir dez anos de pena na Penitenciária Doutor Edvaldo Gomes, em Petrolina, de onde fugiu em novembro do ano passado. Foragido desde então, o homem frio e perigoso era um dos principais alvos da polícia no Sertão. A caçada foi concluída com sucesso na última quinta-feira.

O assassino foi detido no distrito de Nova Descoberta, no município de Petrolina. Ele foi localizado por policiais do Grupo de Apoio Tático Itinerante (Gati) e da Patrulha Rural do 5º Batalhão da Polícia Militar por volta das 15h40 da quinta-feira, após denúncia anônima. O Diabo Loiro foi encaminhado para a Delegacia de Plantão de Petrolina e em seguida levado de volta ao presídio.

Segundo informações da polícia, o suspeito já havia sido condenado por três homicídios, foi absolvido em dois e aguarda o julgamento de outros dez, cometidos na cidade pernambucana de Exu, onde nasceu. O delegado de Polícia Civil Daniel Moreira informou que o presidiário deve voltar a cumprir pena, mas em regime fechado. Em novembro do ano passado, ele estava em regime semiaberto, quando quebrou a tornozeleira eletrônica e fugiu do sistema prisional.