CARNAVAL 2017 » As cores e o som do carnaval do Recife Abertura dos festejos de momo foi celebrada pelo cortejo de 620 batuqueiros conduzidos ao Marco Zero pelo cantor Lenine e pelo grupo Voz Nagô

Publicação: 25/02/2017 03:00

Uma abertura em três partes, com momento de emoção, reverência às tradições pernambucanas e explosão de muita alegria. O sentimento guardado durante todo o ano estampava os rostos mascarados e corpos fantasiados de turistas, famílias inteiras e grupos de amigos. Mais um carnaval chegou ao Recife, ao som das alfaias e tambores de 13 nações de maracatus e também do frevo do cantor Almir Rouche, um dos homenageados da noite.

A abertura oficial da folia aconteceu às 18h37, com fogos disparados do Parque das Esculturas. Clarins anunciaram a festa, enquanto o cortejo formado pelos 620 batuqueiros era conduzido ao Marco Zero pelo cantor Lenine, o grupo Voz Nagô e também familiares do percussionista Naná Vasconcelos, responsável pelas últimas 15 aberturas de carnavais na cidade. “Participo do cortejo há mais de 10 anos e é sempre uma emoção forte”, disse a aposentada Elza Ivo Viana, 69 anos, presidente do Maracatu Nação Porto Rico.

Os grupos chegaram ao palco principal e, por volta das 19h05, começaram a homenagens deste ano. O cantor Almir Rouche e o babalorixá Pai Jefferson Nagô, do também homenageado Caboclinhos Carijós do Recife, receberam placas comemorativas. Em seu discurso, Almir ressaltou as lembranças de Naná. “O povo é que faz o carnaval de Pernambuco, o poder público só impulsiona. Recife tem o melhor carnaval de rua do planeta”, disse ele, ovacionado pelo público que já tomava o Marco Zero e as ruas laterais. O primeiro momento da abertura foi de homenagens a Naná Vasconcelos.

Aos 120 anos, o Caboclinho Carijós do Recife subiu ao palco em seguida para fazer uma evolução. Logo depois, foi a vez de Almor Rouche incendiar o público com mais de 20 convidados, dentre eles o Balé Popular do Recife, Marrom Brasileiro, J.Michilles e Vanessa da Mata.

Assim como ocorreu em Olinda, a abertura do carnaval do Recife teve o encontro do Galo da Madrugada e do Homem da Meia-Noite.