Fé nos biomas

As dioceses católicas de Pernambuco têm à frente uma oportunidade ímpar para despertar seus fiéis para a questão da preservação ambiental. Pela capilaridade dos seus movimentos religiosos, pastorais e paróquias, também diversos segmentos da sociedade. O norte é dado pela Campanha da Fraternidade, que, ao focar a relação dos biomas com a defesa da vida, mostra desafios a serem enfrentados em nossas faixas de Mata Atlântica e da Caatinga. Das dez dioceses no estado, três estão no território da Mata e sete, no Semiárido. Se na Mata o percentual de área preservada é menor, a proximidade das grandes cidades ajuda a sensibilizar a população. Vigilância que capenga no Agreste e no Sertão, fragilizando a Caatinga. Desmatada, esta cede lugar a centenas, a milhares de quilômetros de solo sem cobertura vegetal e, conforme estudos, propensos à desertificação. Estudos indicam para esse caminho há tempo, mas o poder público patina no combate. A inserção das dioceses católicas no debate, iniciado oficialmente ontem com a abertura da Campanha da Fraternidade, será importante não apenas na conscientização dos povos. Será elemento de cobrança de medidas ao poder público, responsável por legislar e fiscalizar, e a instituições privadas, nem sempre dispostas a cumprir seus papéis ambientais.

Areia das pulgas
Por causa de uma praga de bichos de pé, crianças estão sendo proibidas de brincar na Praça Amaro Albino Pimentel, no bairro de Caxangá, no Recife. Pisou na areia, o ataque da pulga é dado como certo. Nem os adultos escapam do inseto. Pais dizem ter pedido socorro aos órgãos de saúde pública, mas nenhum tratamento foi aplicado até agora.

Vendo refletores
Terminou o carnaval e tem morador do Sítio Histórico de Olinda procurando os refletores prometidos para substituir as gambiarras. Alguns foram conferir nas ruas Quinze de Novembro, Henrique Dias e Treze de Maio e da Boa Hora e saíram decepcionados com a claridade prenunciada. As gambiarras continuariam fazendo diferença.

Riacho verde
O trecho asfaltado da Rua Kleber de Andrade, em Candeias, Jaboatão, defronte ao número 220 poderia receber, sem o risco de acusação de exagero, o nome de riacho verde. Afirma o morador Gilson Cabral que a coloração veio do escoamento, a céu aberto, do esgoto. Isso há cerca de três meses e após o envio de requerimentos ao município.

Mudança no centro
Enfim, podemos ver sinais de que o Centro Cultural Miguel Arraes, na Estrada da Batalha, em Jaboatão, entrará em funcionamento. O espaço, inaugurado em 2012 pelo governo estadual, nunca abriu as portas para a comunidade. E foi sendo tomado pelo mato. A retomada, conforme mostram placas, vem de parceria entre a prefeitura e o estado.

Sinal de abertura
A procura pelo programa de Formação em Ativismo e Direitos Humanos, promovido pela organização Gestos, indica o quanto ganhou visibilidade o debate voltado à população lésbica, gay, bissexual, travesti, transexual e intersexo. Para 30 vagas do curso de formação, inscreveram-se 236 pessoas. Média de quase oito candidatos por vaga.


Marcas no templo
Terminado o carnaval e removidos os tapumes de proteção da Igreja Madre de Deus, no Bairro do Recife, foi possível ver indícios do que poderia ter se transformada em um crime grave contra o patrimônio histórico da cidade. Atearam fogo em roupas, calçados e sacolas plásticas junto a uma das portas seculares do templo.