Dados servirão de base para investimentos

Publicação: 17/07/2017 03:00

Muitos trechos das rodovias federais que cortam Pernambuco nem precisam de pesquisa de campo para que sejam identificados seus gargalos. O Dnit tem consciência do sucateamento das estradas. Em alguns casos, o órgão diz que ações já estão sendo realizadas.

“A malha rodoviária de Pernambuco está completamente coberta com contratos. Alguns exemplos. O último trecho da BR-101, na altura de Palmares, está em fase de conclusão. E há a previsão de duplicação da BR-423, entre São Caetano e Garanhuns. E estamos concluindo um estudo de viabilidade da BR-104, entre Caruaru e Alagoas, para pavimentação. É o que está mais próximo para acontecer. A conclusão dos dados dará subsídio para definição dos investimenos”, adianta o coordenador-geral de Planejamento e Programação de Investimentos do Dnit, André Nunes.

Sobre a duplicação da BR-232 entre São Caetano e Parnamirim, Nunes diz que o Dnit chegou a dar início a um estudo de viabilidade de adequação de capacidade, mas ficou estacionado devido ao Plano de Investimento em Logística (PIL), hoje uma incógnita, que pretendia privatizar algumas rodovias federais brasileiras. “Já o trecho Recife-Caruaru está concedido à administração do estado, que é responsável pela manutenção”, justificou. O diretor do Dnit informou que também há programação de estudo de viabilidade ambiental, técnica e econômica para pavimentação da BR-316 e a BR-110.

“Mesmo quando uma rodovia é concedida, como no caso da BR-232, ela não deixa de ser federal, então o Dnit tem responsabilidade com ela também. Mas já está na hora de se pensar na privatização. Porque o governo tem cada vez menos recursos para investir em infraestrutura. E hoje, pelo menos em Pernambuco, boa parte dos acidentes causados na BR-232 e na BR-101 são causados pelo mau estado de conservação das estradas e pelo excesso de carga, já que também não há fiscalização”, sintetizou o professor de engenharia civil da UFPE e da Unicap, Maurício Pina.