Em três anos, a Prefeitura do Recife reduziu 32 pontos de alagamento na cidade. Mesmo assim, ainda são 160 locais que acumulam água no período chuvoso. O Plano Diretor de Drenagem, concluído em março deste ano, aponta os caminhos para obras de intervenção de curto, médio e longo prazos. O principal desafio da drenagem na Zona Sul está na calha do Rio Tejipió. Mas até que uma obra de ampliação da calha seja feita, algumas ações pontuais pretendem reduzir os alagamentos.
Ontem, teve início a obra de drenagem na pista Oeste da Avenida Domingos Ferreira. Os estudos apontaram a necessidade de substituição de 180 metros da tubulação. Além disso, a água que antes passava por um divisor que dava acesso ao sistema de drenagem das ruas Tomé Gibson e Pereira da Costa, passará a ter apenas uma passagem para a Tomé Gibson.
“Os estudos apontam que a capacidade de drenagem irá aumentar com essas intervenções”, explicou o engenheiro da Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb), Jorge Alberto. Por causa da obra, a Faixa Azul do corredor de tranporte na Domingos Ferreira está parcialmente interditada. As outras faixas estão livres. A obra será concluída até o dia 30 de dezembro e está orçada em R$ 258,7 mil. O serviço faz parte de um conjunto de intervenções de drenagens, que teve início em agosto na Rua Pereira da Costa, também no Pina, a um custo de R$ 162 mil e previsão de entrega na próxima semana. Após as obras na Avenida Domingos Ferreira, será feito o trecho da Rua Jeremias Bastos que fica entre as ruas Pereira da Costa e 26 de Janeiro.
O representante comercial Denis Sávio, 52 anos, mora na Rua Estudante Jeremias Bastos, localizada entre as ruas Pereira da Costa e 26 de Janeiro. Atualmente, a via está intransitável por causa das obras de drenagem. “Moro aqui há mais de 30 anos e sempre sofremos com os alagamentos. Espero que dessa vez resolva”, disse.
DRENAGEM
Também foram feitas obras de drenagem na Avenida Caxangá e na Avenida Agamenon Magalhães. De acordo com o engenheiro da Emlurb, Antônio Valdo, que participou da elaboração do Plano Diretor de Drenagem do Recife, as obras reduzem o impacto dos alagamentos, mas não são definitivas. “Todas as obras estão de acordo com as diretrizes do Plano Diretor de Drenagem, mas as intervenções definitivas dependem da requalificação das calhas dos rios Tejipió e Jiquiá, orçadas em R$ 700 milhões e essa é uma meta do município que está em busca de recursos”, detalhou o engenheiro. O Plano Diretor de Drenagem, ainda falta ser aprovado pelo legislativo junto com o Plano Diretor do Recife, mas já está servindo de norte para as intervenções de drenagem.