Motoristas e cobradores de ônibus fizeram ontem uma nova paralisação na Avenida Conde da Boa Vista, Ponte Duarte Coelho, Avenida Guararapes e Rua do Sol. O protesto pediu a saída do presidente do Sindicato dos Rodoviários, Benilson Custódio. O ato ocorreu três dias após o Tribunal Superior do Trabalho ter rejeitado o agravo impetrado pela entidade a respeito do reajuste do vale-alimentação da categoria de 2,5%, fixado em 8% pelo Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (PE).
“Esse protesto é uma insatisfação com o atual presidente do sindicato, que está fazendo uma gestão totalmente inerte, deixando para trás os interesses dos trabalhadores. Ele está sendo omisso em defender o nosso dissídio, julgado em julho. Estamos em novembro e nada foi resolvido”, declarou o rodoviário Aldo Lima, que faz oposição à atual gestão da entidade.
De acordo com Benilson Custódio, a manifestação foi uma ação política articulada pelo grupo de oposição. “Eles não querem aceitar a decisão do TST. O tribunal negou os provimentos do efeito suspensivo na segunda-feira”, explicou o sindicalista. Com isso, a categoria volta a receber 2,56% no vale-alimentação até o julgamento final do dissídio. “Vamos tentar colocar (A questão) em julgamento ainda neste ano. Houve um agravo regimental, mas o que vai definir tudo é o dissídio”, acrescentou.
Ainda segundo o sindicalista, a categoria está ciente das decisões. “Um grupo de oposição fica em busca de argumento político para fazer essas mobilizações, que só prejudicam o trabalhador”, disse Benílson Custódio.