Operação do sistema ainda enfrenta alguns desafios

Publicação: 21/09/2018 03:00

O Grande Recife Consórcio diz que não tem ciência de tempo de espera elevado e que o intervalo entre as linhas é baixo. O órgão também afirma que, na Avenida Mascarenhas de Morais, o Sistema Estrutural Integrado (SEI) ampliou as possibilidades de andar por toda a Região Metropolitana do Recife pagando apenas uma tarifa. “Com a ampliação do SEI na área, houve uma mudança estrutural no transporte da área. Não há previsto um projeto que modifique o desenho, uma vez que o bairro é atendido por várias linhas, metrô e atendimentos municipais. Nenhuma das linhas que trafegam na Imbiribeira possui este intervalo (de 40 a 60 minutos). Havendo algum caso isolado, poderá ser efetuado um trabalho de fiscalização para uma possível modificação”, disse o Grande Recife Consórcio. Algumas linhas que fazem um percurso muito longo mas têm baixa demanda de passageiros podem ter poucos veículos circulando, o que explica a demora entre um ônibus e outro.

O professor do departamento de Engenharia Civil, na área de transportes, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Leonardo Meira, diz que os dados tanto da CTTU quanto do Grande Recife mostram que a velocidade dos ônibus no tronco principal, que é a Avenida Mascarenhas de Moraes, são bons devido à Faixa Azul. Mas pode haver alguma defasagem de circulação nas ruas transversais. “Em termos de velocidade no corredor, como especialista acho que o sistema funciona a contento, embora não tenha acesso à programação dos ônibus. Mas deixo aqui uma observação. O último Anuário Estatístico do Grande Recife mostra que o Sistema Transporte Público de Passageiros (STPP) da RMR atende um milhão de pessoas. Mas o número de reclamações do sistema é menos de dez mil. Então, quem vai estudar, analisar esses dados, acha que o sistema está funcionando bem. Muitos usuários não entram em contato com a ouvidoria por acreditar que a crítica não terá efeito. Mas é um engano. É preciso registrar essas reclamações para que o sistema avalie sua estrutura”, defende Meira.