Golpe do diploma do ensino médio
Esquema funcionava na sala de um prédio no bairro São José. Cada um custava R$ 250 e o interessado fazia uma prova. Número de vítimas é desconhecido
Publicação: 04/10/2018 03:00
Estudantes interessados em fazer o supletivo para concluir o Ensino Médio de forma mais rápida caíram em um golpe. O esquema funcionava em uma sala localizada no quarto andar do Edifício Santa Helena, na Travessa do Arsenal de Guerra, no bairro de São José, no Recife. Através de anúncios nas redes sociais e em panfletos, o universitário Felipe Ferreira de Carvalho, 26 anos, prometia o certificado do supletivo em menos de um mês. Para isso, bastava que os candidatos fizessem uma única prova. Os documentos custavam R$ 250, mas não tinham validade porque não eram reconhecidos pelo Ministério da Educação. O suspeito convencia as pessoas dizendo que atuava como filial de um curso na Paraíba.
O dono do curso na Paraíba, cujo nome está sendo mantido em sigilo pela Polícia Civil, descobriu o esquema e denunciou o caso naquele estado. Investigadores entraram em contato com policiais em Pernambuco para pedir apoio na apuração do caso. Segundo a vítima, estudantes que receberam o certificado falso procuraram a sede de seu curso para cobrar explicações.
A fraude costumava ser descoberta no momento em que os estudantes enganados apresentavam o certificado em instituições de ensino superior para terem acesso aos cursos universitários. Muitos candidatos também procuravam o supletivo para apresentarem o certificado de conclusão do Ensino Médio em vagas de emprego. O curso instalado na Paraíba funciona legalmente, mas somente no modo presencial.
A equipe da delegada Viviane Santa Cruz, da Delegacia de Polícia de Repressão ao Estelionato, prendeu o suspeito em flagrante na última terça-feira. Segundo ela, muitos estudantes vinham do interior fazer a prova no Recife. No entanto, não há cursos de supletivo da Paraíba ofertando provas no Recife. “É importante que os alunos procurem saber com a Secretaria de Educação do estado quais os cursos de supletivo são legalizados pelo Ministério da Educação”, destacou. As provas realizadas no Recife tinham semelhança com os testes ofertados na Paraíba.
O certificado somente era entregue mediante o pagamento da taxa. A Polícia também pediu às pessoas lesadas que procurem a delegacia para prestar queixa contra o suspeito. No dia do flagrante, a polícia também apreendeu 33 certificados falsos prontos para serem entregues e outros em branco. “Acreditamos que existem muito mais vítimas, mais de 200, pois ele realizava provas todo final de semana, mas não sabemos há quanto tempo”, disse a delegada Adriana Oliveira, titular da Estelionato. O crime de estelionato prevê pena de um a cinco anos de prisão. No caso de Felipe Ferreira, trata-se de ação continuada, o que aumenta a pena.
Ontem, em audiência de custódia, Felipe foi solto mediante pagamento de fiança no valor de R$ 3.375 no prazo de 24 horas sob pena de ter revogado o alvará de soltura. Também foi determinado como medida cautelar que ele deverá comparecer a todos os atos e termos do processo, assim como, informar e justificar atividades, não mudar de residência sem prévia permissão da Justiça, nem se ausentar da comarca e recolhimento das 22h às 6h, além de não cometer outra infração penal.
O dono do curso na Paraíba, cujo nome está sendo mantido em sigilo pela Polícia Civil, descobriu o esquema e denunciou o caso naquele estado. Investigadores entraram em contato com policiais em Pernambuco para pedir apoio na apuração do caso. Segundo a vítima, estudantes que receberam o certificado falso procuraram a sede de seu curso para cobrar explicações.
A fraude costumava ser descoberta no momento em que os estudantes enganados apresentavam o certificado em instituições de ensino superior para terem acesso aos cursos universitários. Muitos candidatos também procuravam o supletivo para apresentarem o certificado de conclusão do Ensino Médio em vagas de emprego. O curso instalado na Paraíba funciona legalmente, mas somente no modo presencial.
A equipe da delegada Viviane Santa Cruz, da Delegacia de Polícia de Repressão ao Estelionato, prendeu o suspeito em flagrante na última terça-feira. Segundo ela, muitos estudantes vinham do interior fazer a prova no Recife. No entanto, não há cursos de supletivo da Paraíba ofertando provas no Recife. “É importante que os alunos procurem saber com a Secretaria de Educação do estado quais os cursos de supletivo são legalizados pelo Ministério da Educação”, destacou. As provas realizadas no Recife tinham semelhança com os testes ofertados na Paraíba.
O certificado somente era entregue mediante o pagamento da taxa. A Polícia também pediu às pessoas lesadas que procurem a delegacia para prestar queixa contra o suspeito. No dia do flagrante, a polícia também apreendeu 33 certificados falsos prontos para serem entregues e outros em branco. “Acreditamos que existem muito mais vítimas, mais de 200, pois ele realizava provas todo final de semana, mas não sabemos há quanto tempo”, disse a delegada Adriana Oliveira, titular da Estelionato. O crime de estelionato prevê pena de um a cinco anos de prisão. No caso de Felipe Ferreira, trata-se de ação continuada, o que aumenta a pena.
Ontem, em audiência de custódia, Felipe foi solto mediante pagamento de fiança no valor de R$ 3.375 no prazo de 24 horas sob pena de ter revogado o alvará de soltura. Também foi determinado como medida cautelar que ele deverá comparecer a todos os atos e termos do processo, assim como, informar e justificar atividades, não mudar de residência sem prévia permissão da Justiça, nem se ausentar da comarca e recolhimento das 22h às 6h, além de não cometer outra infração penal.