É cedo para falar em queda na curva

Publicação: 26/05/2020 03:00

Os números divulgados no boletim de ontem - 607 novos casos e 48 mortes - representam redução de ambos os índices pelo terceiro dia consecutivo desde que o estado registrou um pico de 132 mortes e 1.849 casos, na última sexta-feira. Mas as autoridades de saúde ponderam que ainda é cedo para apontar uma tendência de redução nas curvas de infecções e mortalidade.

“Ainda não dá para fazer qualquer análise de tendência, embora seja importante que enfatizar que o Lacen-PE está funcionando 24 horas, de domingo a domingo. Não temos acumulado testes. Estamos analisando diariamente indicadores que mais representem essa tendência, de redução ou de aumento. Quando chegarmos a qualquer conclusão, vamos divulgar de forma transparente e clara. O mais importante é a mensagem que é de ficar em casa, única forma de prevenir a doença. Não temos vacinas ou medicamentos comprovadamente eficazes para a Covid-19. Única medida que funciona hoje é ficar em casa”, disse a secretária-executiva de Vigilância em Saúde do estado, Luciana Albuquerque.

“É importante que a gente sempre avalie esses dados e aguarde o desenvolvimento de tendência, que possa ser demonstrada ao longo de um tempo de observação maior. Este período do mês de maio não foi escolhido à toa (para a quarentena). A escolha se deu por causa de projeções de cientistas colaboradores, epidemiologistas das secretarias vislumbraram como um período adequado para as medidas mais rígidas de distanciamento social”, acrescentou o secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia.

“O isolamento tem ajudado. Recife tem estado entre as cidades que lideram no país o isolamento social. Isso é muito importante. Agradecemos a todos que aderiram, sabendo do sacrifício que é. Sabemos do impacto econômico, mas tem salvado vidas. Reafirmamos a necessidade, mais do que nunca, de ficar em casa para que possamos observar o impacto na curva de casos. Ainda é cedo falar sobre qualquer tendência a partir dos números nos últimos boletins”, enfatizou Correia.

“Os aumentos no isolamento são fundamentais para reduzir os casos. O resultado do que está sendo feito agora será visto nos próximos dias”, ressaltou Luciana.