Para secretário, Nordeste vem sendo prejudicado

Publicação: 23/07/2021 03:00

Na coletiva de ontem, o secretário André Longo também cobrou do atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, uma distribuição mais igualitária das vacinas contra a Covid-19 entre os estados e as regiões. Segundo Longo, o Nordeste tem saído prejudicado no processo. O secretário explicou que era normal, num primeiro momento, os estados do Sul e Sudeste do país receberem mais vacinas devido ao seu perfil populacional, com mais profissionais de saúde e mais altas taxas de longevidade.

“Esses grupos atendidos prioritariamente num primeiro momento acabam determinando que alguns estados avancem mais na vacinação em detrimento de outros”, reconhece o secretário.

O principal problema, de acordo com André Longo, veio depois desse momento inicial, conforme a vacinação avançava e a distribuição continuava desigual. Segundo ele, falta um contrapeso que permita um avanço mais rápido nos estados que receberam menos doses no início do processo de vacinação e que, agora, seguem atrás no ranking.

“Os estados do Nordeste fizeram um documento para levar ao Ministério da Saúde [dizendo que] a gente tem que reequilibrar esse processo de distribuição de vacinas no Brasil. Nós não podemos ver estados podendo progredir muito mais rapidamente que outros por conta dessa distribuição inicial desigual”, opinou.

“Todos são brasileiros igualmente. Precisamos de uma distribuição equânime, nós estamos lutando por isso porque nesse momento o Nordeste está prejudicado por essa distribuição desigual, e o ministro, como paraibano, como nordestino, precisa olhar para isso”, afirmou.

Ele também informou que a segunda dose da vacina Pfizer poderá ser antecipada para 60 dias, como ocorreu com a AstraZeneca, caso a quantidade de vacinas disponíveis permita.