Rodrigo Carvalheira deixa a prisão Empresário, suspeito de estupros, foi solto às 17h de ontem após quase uma semana preso no Cotel, em Abreu e Lima. Ele fará uso de tornozeleira eletrônica

Publicação: 18/04/2024 03:00

Menos de uma semana após ser preso por suspeita de cometer crimes sexuais contra mulheres, o empresário Rodrigo Carvalheira, de 34 anos, foi solto, ontem. O suspeito de estupro fará uso de tornozeleira eletrônica. A afirmação foi repassada, incialmente, por pessoas ligadas à advogada Graciele Queiroz, que atua na defesa do empresário, e confirmada pela Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização.

“A Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização informa que Rodrigo Dib Carvalheira, recolhido no Cotel, em Abreu e Lima, recebeu, nesta quarta-feira (17), alvará de soltura, condicionado a monitoramento eletrônico, e já deixou a unidade prisional”, diz nota divulgada pela pasta.

A advogada Graciele Queiroz informou que o pedido de soltura foi acolhido pela Justiça e reiterou que “o empresário sempre esteve à disposição das autoridades para prestar todos os esclarecimentos necessários”.

A defesa ainda destacou que recebeu “com naturalidade a decisão da Justiça Pernambucana, que acertadamente restabeleceu a liberdade de Rodrigo Carvalheira”.

Segundo Graciele Queiroz, o empresário foi preso por conta de uma conversa que teve com uma amiga chamada Natasha Dolci, que é delegada, e não por conta das denúncias das vítimas. O diálogo com a delegada, que não tem envolvimento com o caso, foi visto como uma forma de atrapalhar as investigações da polícia.
 
TRÊS INQUÉRITOS

Na quarta-feira, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) informou que  a Central de Inquéritos da Capital recebeu os documentos enviados pela Polícia Civil. Na noite de terça (16), a polícia informou que indiciou o empresário por crimes contra mulheres.  

Na nota divulgada, o MPPE disse que foram recebidos três inquéritos e eles encontram-se sob análise de promotores. “Os documentos tramitam em segredo de Justiça, em razão da matéria, da natureza dos crimes”, disse o MPPE.

O Ministério Público pode aceitar as informações e denunciar o empresário.

O CASO

Três mulheres relataram terem sido estupradas por ele nos anos de 2009, 2011 e 2019. Duas delas contaram ter ingerido um comprimido fornecido por Rodrigo. Uma terceira teria aceitado uma carona para casa, mas ele a teria levado para um motel e forçado uma relação sexual.