Vigilante fazia o último plantão da carreira

Publicação: 27/04/2024 03:00

O vigilante assassinado por um paciente no Hospital da Restauração (HR), no Derby, na área Central do Recife, atuava no último plantão da carreira, antes de se aposentar. Faltava poucas horas para que Nivaldo Bezerra da Silva, de 66 anos, encerrasse a sua jornada como vigilante. Na troca de plantão, o profissional iria se despedir dos colegas de farda e iniciar os processos de aposentadoria.

No entanto, ele foi morto a tiros por um paciente que estava internado na unidade hospitalar, a  maior do estado, no Derby, na área central do Recife. “Ele (Nivaldo) estava justamente no processo para se aposentar. Seria o último plantão dele. O fato aconteceu na troca da guarda, no momento da troca das armas, quando houve a tomada por parte do paciente”, esclareceu o diretor do HR, Petrus Andrade.

A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), se pronunciou sobre o caso por meio das redes sociais. A gestora comentou o episódio e se solidarizou com as famílias das vítimas. “Primeiro, queria me solidarizar à família das vítimas. Temos um esquema da Secretaria de Saúde Pública, dentro dos hospitais, de seguranças que trabalham armados. A Secretaria de Defesa Social está fazendo a apuração e investigando o que aconteceu, para que possamos evitar momentos como esse”, registrou.

“Hospital é espaço de saúde, não de violência. A Secretaria de Defesa Social está agindo desde o primeiro momento para investigar o lamentável episódio de hoje cedo, no Hospital da Restauração, que resultou na morte de duas pessoas. Minha solidariedade às famílias das vítimas”.

Já o Sindicato dos Médicos de Pernambuco emitiu uma nota de repúdio e diz que há falhas no sistema de segurança. “É alarmante constatar que o efetivo e as medidas de segurança adotadas foram insuficientes para prevenir esta fatalidade”. Para o sindicato,  essa ocorrência “destaca uma grave falha no sistema de segurança que precisa ser urgentemente revisada e fortalecida”.

O órgão também falou também sobre a superlotação crônica enfrentada pelo HR e aponta que “isso pode ter sido um fator contribuinte para este trágico desfecho”. “Corredores e alas abarrotadas de pacientes dificultam a efetiva supervisão e controle por parte das equipes de segurança, criando um ambiente onde tragédias como esta podem ocorrer”, acrescentou.