Empresário vítima de golpe após encontro Chinês naturalizado brasileiro, proprietário de lojas em Porto de Galinhas, diz ter sido lesado em R$ 14 mil por garotas de programa

Publicação: 07/05/2024 03:00

A polícia pernambucana desvendou um caso que mais parece ter saído de um roteiro de filme. Uma série de crimes envolveu um chinês naturalizado brasileiro, duas garotas de programa, furto de celular e golpe aplicado por meio de PIX com valores que somam R$ 14 mil. Tudo isso resultou em prisões, depois de um programa sexual que “deu errado” em um motel no Grande Recife.

Por meio de nota divulgada ontem, a polícia detalhou o caso, que começou com a queixa prestada pelo chinês na Delegacia de Porto de Galinhas, em Ipojuca, no dia 2 deste mês. O estrangeiro naturalizado tem lojas em Porto de Galinhas.

Ele relatou que, um dia antes, havia sido vítima de furto de um iPhone 14, que tinha todas as senhas e aplicativos bancários. Com o celular, os envolvidos no golpe começaram a fazer transações financeiras usando PIX, transferindo dinheiro para duas pessoas. Antes de conseguir bloquear os aplicativos bancários, ele disse que teve “prejuízo financeiro”.

Na delegacia, o homem também alegou que o telefone “estava no bolso da calça”, e só depois notou o furto. Ele afirmou, a princípio, que “não conseguiu determinar a forma como o telefone foi subtraído, considerando a presença de várias pessoas na loja naquele momento, incluindo clientes e funcionários”. O rastreamento do aparelho indicou, no entanto, que a última localização tinha sido na Iputinga, na Zona Oeste do Recife.

Os policiais fizeram rastreamento das contas e do celular e localizaram duas pessoas que tinham feito as transferências bancárias. Essas pessoas, que não tiveram nomes divulgados, foram levadas para a delegacia e acabaram sendo autuadas em flagrante por “roubo com restrição da liberdade da vítima”. A polícia descobriu, então, que o chinês chamou uma garota de programa para ir a um motel. Durante o encontro, a mulher “acionou” a irmã, também garota de programa.

Ela alegou aos policiais que o homem “se recusava a pagar pelos serviços”. Segundo o delegado Ney Luiz Rodrigues, titular da Delegacia de Porto de Galinhas, o caso envolveu uma garota de programa e mais três travestis que também faziam programas.

“Conseguimos localizar dois dos autores do crime aqui no Recife. As travestis confessaram o crime e alegaram que teriam subtraído a quantia porque a vítima havia se negado a pagar o programa. A vítima contou que contratou uma garota de programa, mas ela acabou convidando outras três travestis para o quarto do motel, onde o grupo espancou a vítima e diante dessas agressões ele acabou realizando as transferências em PIX que chegaram ao valor de 14 mil”, disse o delegado Ney Luiz.

A corporação acrescentou que o dinheiro tirado das contas do chinês naturalizado foi dividido entre todos os envolvidos. “Há indícios de que o grupo atue em conjunto há algum tempo, podendo haver outras vítimas”, observou a nota da Polícia Civil. A polícia informou que, agora, vai pedir judicialmente a quebra de sigilo dos dados para dar continuidade a essas investigações.