SRAG provoca filas de espera nas UTIs do estado Secretaria de Saúde abriu mais 130 leitos em diversas regiões de Pernambuco para atender casos mais graves. Número de crianças na fila de espera chega a 90

Aimé Kyrillos

Publicação: 04/05/2024 03:00

As emergências de saúde do estado de Pernambuco estão com superlotação e filas nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) por causa da alta de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), principalmente nas emergências pediátricas. A Srag resulta em um comprometimento da função respiratória que leva, na maioria das vezes, à hospitalização.

Apesar de todos os esforços do Governo do Estado, as unidades de saúde estão com alta demanda e não há leitos disponíveis para atender a todas as pessoas diagnosticadas, o que preocupa as equipes de saúde de Pernambuco.

De acordo com a Secretária Estadual de Saúde (SES), só no último mês foram disponibilizados mais 130 leitos que se somam aos 140 já disponíveis para reverter o cenário e atender à demanda.

Ainda de acordo com a titular da pasta, diversas medidas já foram tomadas pela secretaria, como o aumento no número de leitos e reforço nas unidades de saúde. "A gente colocou em prática as ações que a gente já iria fazer, entre elas o reforço das UPAs de 24 horas, recursos humanos, insumos, inclusive com um gasto de cerca de R$ 1,5 milhão mensais só de reforço das UPAs. A gente abriu 140 leitos de um mês para cá, somando aos cerca de 130 que a gente abriu ano passado. Estamos com pediatras 24 horas de plantão no teleatendimento", completa.

De acordo com a gestora, os médicos pediatras que estão de plantão possuem a função de orientar outros profissionais da saúde que atendem crianças. Além disso, um fluxograma de atendimento foi elaborado para realização das teleconsultas, que serão feitas por profissionais capacitados pela SES. Até o momento, 500 médicos já passaram pelos cursos de capacitação. A fila de espera nas UTI%u2019s é de 90 crianças

"A fila de adultos também está grande, mas ela também tem um comportamento cíclico durante o dia.  O que a gente sabe é que, por exemplo, boa parte dessas crianças e adultos não são diferentes, elas estão em unidades de sala vermelha, tanto de UPAs quanto de hospitais, e as salas vermelhas conseguem dar uma assistência semelhante a uma terapia intensiva, enquanto se aguarda em fila de espera", complementa a gestora.

Outro desafio é a mobilização da população para vacinar as crianças e seguir as orientações da Secretaria de Saúde, como evitar aglomerações e não levar bebês recém nascidos em locais movimentados, entre eles shoppings, restaurantes e festas.

"Vacinar contra a gripe é muito importante. Criança gripada não deve ir para a escola nem para a creche porque transmite para outras crianças. Deve ter proteção com a via respiratória, especialmente se estiver gripado. Então é bom botar máscara e lavar as mãos. Criança pequena não pode ter contato com adulto gripado, porque senão vai pegar gripe. Evitar aglomerações, especialmente aquelas crianças menores de dois anos que estão mais dispostas a gravar os quadros", recomenda Zilda Cavalcanti.