R$ 6 bi para abastecimento e saneamento A meta do Programa Águas de Pernambuco é combater a escassez hídrica e melhorar a infraestrutura, com obras em barragens e adutoras

Malu Mendes

Publicação: 17/10/2024 03:00

No lançamento do programa Águas de Pernambuco, que prevê investimentos de R$ 6,1 bilhões em abastecimento e saneamento, o governo assinou, ontem, ordens de serviço e autorizações para várias obras. A meta do Águas de Pernambuco é combater a escassez hídrica e melhorar a infraestrutura de saneamento no estado. Os recursos bilionários serão distribuídos para projetos de abastecimento de água e esgotamento sanitário, a serem executados nos próximos anos. Dos R$ 6,1 bilhões que serão investidos, R$ 3,9 bilhões são para ações voltadas à água e R$ 2,2 bilhões para esgoto.

O evento contou com a presença de diversas autoridades, entre elas Alex Campos, presidente da Compesa; Almir Cirilo, secretário de Recursos Hídricos e Saneamento de Pernambuco; Suzana Montenegro, diretora da Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac); além de deputados estaduais e prefeitos de municípios beneficiados pelas obras.

Em discurso, Raquel Lyra destacou a importância da água para diversas finalidades, desde o saneamento básico até a produção econômica. “Água para saneamento, para irrigação, para a produção no polo cervejeiro. Sabemos que ela é útil para muitas coisas, mas ainda tem gente que não tem água sequer para tomar banho, que nunca teve direito a um chuveiro em casa”, afirmou a governadora.  

Ela pontuou que o Governo está focado em entregar água para as pessoas com mais qualidade, frisando que, atualmente, cerca de 1,8 milhão de pernambucanos não têm acesso regular à água. “Esses investimentos visam garantir água para quem não tem e reduzir o rodízio, que é muito severo em várias regiões”, concluiu.

Alex Campos, presidente da Companhia, reforçou a importância dos investimentos. “Estamos falando de R$ 6 bilhões, dos quais 4 bilhões serão executados pela Compesa. Esses recursos serão distribuídos entre projetos de abastecimento de água e saneamento, com cerca de 1,5 bilhão destinados à requalificação de grandes sistemas na Região Metropolitana do Recife”, explicou Alex.

Ele ainda ressaltou que o plano é expandir o acesso à água até 2026, atingindo 99% da população. “Pernambuco vive uma realidade crítica com rodízios severos em diversas cidades. O objetivo é reduzir esses rodízios e permitir que municípios como São Bento do Una, que hoje enfrentam 26 dias sem água para apenas 4 dias com água, possam sonhar com o fim do racionamento”, pontuou.

Atos assinados
 
  • Contrato para execução da obra da Barragem Gatos, no município de Lagoa dos Gatos, na Mata Sul;

  • Ordem de serviço para atualização do projeto da Barragem Barra de Guabiraba, no município de mesmo nome, no Agreste;

  • Autorização do processo licitatório para atualização do projeto da barragem de São Bento do Una, no Agreste;

  • Autorização da licitação para as obras das barragens de Engenho Pereira, no município de Moreno, Grande Recife, e Igarapeba, na Mata Sul;

  • Autorização para abertura de licitação para a obra Adutora de Negreiros, que vai levar água da transposição do Rio São Francisco para o Sertão do Araripe;

  • Autorização da homologação da licitação para implantação do Sistema Adutor do Agreste, permitindo a entrega de água a Toritama e Santa Cruz do Capibaribe.