Cannabis como sinônimo de esperança
Presidente da Aliança Medicinal começou a cultivar maconha de forma clandestina para amenizar as crises convulsivas de seu filho
Malu Mendes
Publicação: 10/01/2025 03:00
Um projeto que nasceu da necessidade de salvar uma vida se tornou um movimento que já ajuda mais de nove mil pessoas. A Aliança Medicinal, a primeira fazenda urbana de Cannabis Medicinal de Pernambuco, é hoje um símbolo de inovação e esperança para pacientes com diversas condições de saúde, como epilepsia, autismo, ansiedade e dores crônicas.
Tudo começou há nove anos, quando Hélida Lacerda, hoje presidente da Aliança, enfrentou o maior desafio de sua vida. Seu filho, Antonny, sofria de epilepsia refratária e apraxia progressiva. Com 12 anos, ele sofria até 80 crises de convulsão por dia, mesmo tomando 15 medicamentos diferentes.
“O medo de perder meu filho era maior do que o medo de ser presa”, relembrou Hélida, que, por falta de acesso ao óleo medicinal à base de Cannabis, devido ao preço, começou a cultivar a planta clandestinamente e preparar o óleo em casa. Na época, o garoto recebeu um prognóstico que teria apenas mais um ano de vida. Hoje, aos 21 anos, ele chega a passar meses sem crises.
Com o tempo, Hélida passou a ensinar outras mães a cultivarem a planta, e em 2018 conseguiu um habeas corpus para produzir exclusivamente para seu filho. Em 2023, veio a tão aguardada autorização judicial para a produção ampliada em Olinda, oficializando o projeto como a Aliança Medicinal.
O óleo de Cannabis pode ser usado no tratamento de diversas condições médicas, incluindo epilepsia, autismo e diabetes. Segundo a médica clínica geral e pesquisadora Rafaela Espósito, os benefícios do canabidiol (CBD) são amplamente reconhecidos.
“Ele reduz inflamações, melhora a qualidade de vida e pode, em alguns casos, substituir medicamentos convencionais. É uma ferramenta importante que, com prescrição médica, pode ser usada como primeira escolha ou em processos de desmame de remédios tradicionais”.
Tudo começou há nove anos, quando Hélida Lacerda, hoje presidente da Aliança, enfrentou o maior desafio de sua vida. Seu filho, Antonny, sofria de epilepsia refratária e apraxia progressiva. Com 12 anos, ele sofria até 80 crises de convulsão por dia, mesmo tomando 15 medicamentos diferentes.
“O medo de perder meu filho era maior do que o medo de ser presa”, relembrou Hélida, que, por falta de acesso ao óleo medicinal à base de Cannabis, devido ao preço, começou a cultivar a planta clandestinamente e preparar o óleo em casa. Na época, o garoto recebeu um prognóstico que teria apenas mais um ano de vida. Hoje, aos 21 anos, ele chega a passar meses sem crises.
Com o tempo, Hélida passou a ensinar outras mães a cultivarem a planta, e em 2018 conseguiu um habeas corpus para produzir exclusivamente para seu filho. Em 2023, veio a tão aguardada autorização judicial para a produção ampliada em Olinda, oficializando o projeto como a Aliança Medicinal.
O óleo de Cannabis pode ser usado no tratamento de diversas condições médicas, incluindo epilepsia, autismo e diabetes. Segundo a médica clínica geral e pesquisadora Rafaela Espósito, os benefícios do canabidiol (CBD) são amplamente reconhecidos.
“Ele reduz inflamações, melhora a qualidade de vida e pode, em alguns casos, substituir medicamentos convencionais. É uma ferramenta importante que, com prescrição médica, pode ser usada como primeira escolha ou em processos de desmame de remédios tradicionais”.