Publicação: 21/09/2014 03:00
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Cardinot: equipe ligada 24 horas por dia para levar informação aos espectadores |
Modernidade, credibilidade e muito trabalho. O jornalismo da TV Clube/Record alcançou, neste mês, uma marca de impacto: o programa conduzido por Joslei Cardinot ao meio-dia ultrapassou a marca de 650 edições. Líder no segmento no estado, a atração Cardinot Aqui na Clube é vista por cerca de 1,5 milhão de pessoas. À frente das câmeras, o apresentador leva ao público o resultado de um trabalho construído por uma vasta equipe de profissionais, organizada para cobrir de forma sistemática os acontecimentos mais importantes em Pernambuco, no Brasil e até no mundo. “O telespectador pensa às vezes que o programa é feito por mim, mas é realizado por uma equipe enorme e muito competente, que está por trás de tudo. Jornalismo em televisão é trabalho em conjunto”, ressalta o jornalista, íntimo dos telespectadores por imprimir aos fatos uma leitura particular e com a linguagem tipicamente pernambucana.
Nos bastidores do programa SOS Cardinot e Cardinot Aqui na Clube, trabalham mais de 40 pessoas, sendo 20 jornalistas. “Os programas não têm começo nem fim. A dinâmica é essa: termina uma edição, imediatamente começa a outra. A rotina se inicia às 5h, segue para as principais rondas e temos a primeira reunião de pauta às 7h”, detalha o gerente do Núcleo Cardinot, Carlos Gambôa.
De acordo com o apresentador, a direção do programa se preocupa em cada vez mais ampliar a cobertura jornalística e não se restringir ao conteúdo investigativo. O programa de uma hora e meia chega a exibir 20 VTs, além de contar com entradas ao vivo dos repórteres com uso do mochilink - recurso que permite transmitir a notícia de qualquer lugar. “A grande riqueza dos programas é que Cardinot tem a voz que se reflete no anseio do povo pernambucano. Ele consegue desenvolver comentários de diversas áreas, como política, economia, mobilidade e esportes, com a desenvoltura que o telespectador gosta. Consegue ser o porta-voz do povo e das comunidades”, diz Gambôa. Na retaguarda, a equipe monitora as principais fontes de notícia do país e o abastece com informações levadas e analisadas no ar.
Radicado no Recife desde 1981, o jornalista baiano possui 36 anos de carreira e tem como “carro-chefe” a liberdade editorial. “Ele não tem medo, nem amarras. Vejo muito o feedback nas redes sociais de como as pessoas se sentem representadas”, afirma a editora-chefe, Fabyola Brayner.
Há mais de três anos nos Diários Associados, Cardinot acompanhou a modernização da estrutura, como o investimento em ilhas de edição - da analógica para digital - e nos softwares. Tecnologia é a área que mais desperta a curiosidade do apresentador.
Quarenta profissionais trabalham para levar o noticiário ao ar de segunda a sexta
Entrevista >> Joslei Cardinot
“Não posso deixar o povo sem saber o que está acontecendo”
O que mudou do primeiro programa para cá?
Desde que cheguei na TV, mudou radicalmente. A TV Clube era analógica. Houve um empenho muito grande da direção da empresa. Conseguimos aumentar bastante a audiência. A nossa cobertura foi ampliada. Adquirimos novos equipamentos. Houve, por exemplo, a compra de softwares modernos, além de aquisição de ilhas de edição. Esse negócio de tecnologia vive avançando.
O perfil de cobertura jornalística do programa vai de policial a variedade. Qual a importância da abertura dos temas?
É um perfil que foi assumido pela direção do programa. As decisões vão de acordo com o editorial definido e com o que o povo gosta de ver. Por exemplo, há a constatação pela direção do programa de que, em determinado momento, você tem que colocar algo da cidade. Não posso deixar o povo sem saber o que está acontecendo por aqui ou no mundo. A gente tem essa preocupação também. O pessoal trabalha muito nisso.
Os bordões
Durma com uma bronca dessa
A expressão foi registrada. Quando chegou ao Recife, ele fazia matérias em mercados públicos da cidade. “Eu ouvia o povo falar. Outro dia vi Boris Casoy falando isso. Esse bordão é registrado com direito autoral. É a maneira como o povo fala”, disse. Algo como “enfrente uma situação de difícil solução”.
Alma sebosa
Também registrada. “Virou o filme Rap do pequeno príncipe contra as almas sebosas (de Paulo Caldas e Marcelo Luna). Eu participei do filme. Como tinha direito autoral sobre o termo, autorizei a utilização”. Remete pessoas que cometem atos anti sociais.
“Esse país tá uma zona, Cardinot”
Gravado por dona Zefinha, o bordão representa a indignação popular. Geralmente, utilizado em notícias de escândalos.
Casos marcantes por Cardinot
Canibais
“É um tipo de crime que hoje cresce no Brasil assustadoramente. São sociopatas, psicopatas, que envolve uma situação cada vez maior de investigação policial. Os canibais mataram em Olinda, Paulista, no interior… As pessoas esquecem que só foram descobertos por acidente. Porque uma das assassinas usou o cartão de crédito de uma das vítimas.”
Caso Serrambi
“Ficou sem solução… e por quê? Porque houve uma briga entre polícia e Ministério Público. Virou uma luta de classes. Antes de entrar em segredo de justiça, li o processo… Vi erros, que citei no ar. Aquele crime poderia ter sido resolvido com o exame de DNA com os fios de cabelos encontrados. Só que quando a Polícia Federal tentou fazer o exame, o cabelo já tinha sido passado por produtos químicos. Virou um carnaval quando o crime é, claramente, um crime sexual.”